Tarsila do Amaral
Roda D' Água
ponta-seca sobre papel1971
19,5 x 24,5 cm
assinatura inf. dir.
Exemplar nº 33/35.
Reproduzido no Catálogo Raisonné da artista, sob registro: Gdoc 018 - Pág 147 - Vol III.
Estudo de Casal Sentado em Banco de Praça
grafite sobre papel de seda12 x 15,5 cm
Reproduzido no Catálogo Raisonné da artista, sob registro: D 663 - Pág 358 - Vol II.
Frente e verso.
Paisagem Com Barqueiros e Três Casas
nanquim sobre papel1952
14,7 x 12,3 cm
assinatura inf. dir.
Reproduzido no Catálogo Raisonné da artista, sob registro: D 451 - Pág 147 - Vol II.
Sem moldura.
Estudo de Praia
grafite sobre papel1946
21 x 32 cm
assinatura inf. dir.
Reproduzido no Catálogo Raisonné da artista, sob registro: D 558 - Pág 337 - Vol II.
Paisagem de Tiradentes Com Dois Panoramas de Igreja
grafite sobre papel1924
23,3 x 31,9 cm
assinatura inf. dir.
Reproduzido no Catálogo Raisonné da artista, sob registro: D 306 - Pág 264 - Vol II.
Natividade II
nanquim sobre papel1955
24 x 29 cm
assinatura inf. esq.
Reproduzido no Catálogo Raisonné da artista, sob registro: D 457 - Pág 149 - Vol II.
Estudo de Mãos
nanquim sobre papel vegetal22,5 x 15,5 cm
Reproduzido no Catálogo Raisonné da artista, sob registro: D 656 - Pág 363 - Vol II.
Sem Moldura.
Cena da Revolução
grafite sobre papel1924
13 x 22 cm
assinatura inf. esq.
Frente e verso.
Reproduzido no Raisoneé da artista, D138b vol. II pág. 55
Participou da Exposição "Trasila Viajante, São Paulo e Buenos Aires em 2008;
Reproduzida no livro A. Amaral 1997a, pág. 128;
Barros, R. 2008 pág. 139
A. Amaral 1969a. pág. 63
A. Amaral 1970a. pág. 20
Paisagem Antropofágica
desenho sobre papel1929
11 x 15 cm
assinatura inf. esq.
Obra reproduzida no catálogo Raisonne da artista vol. II pág. 99.
Versão de ilustração não utilizada para o livro "Antônio Triste"
grafite e nanquim sobre papelc. 1947
18 x 25 cm
assinatura inf. esq.
Eitqueta da Galeria Grifo. Ex- coleção Paulo Bonfim. Ilustração para poema Antônio Triste do poeta Paulo Bonfim. Reproduzido no Raisonné Tarsila do Amaral, sob o registro DI170, p.58, Volume III.
Sem Título
gravura em metal sobre papel1964
33 x 48 cm
assinatura inf. dir.
Exemplar P.A. Reproduzido no "Raisonné Tarsila do Amaral", volume III do, na p.145, sob o registro DGdoc007. Reproduzido no livro "Tarsila, sua obra e seu tempo" de Aracy Amaral, volume II, 1975, na p. 148.
Estudo de Ilustração para Capa do Livro "O Futuro Pianista" de Souza Lima
guache sobre papel25 x 17 cm
Catalogado no Raisonné da Artista, à pág. 125, vol. III.
Tarsila do Amaral (1886 - 1973)
Tarsila do Amaral foi uma pintora e desenhista brasileira, uma das artistas centrais da pintura brasileira e da primeira fase do movimento modernista brasileiro, ao lado de Anita Malfatti. Seu quadro Abaporu, de 1928, inaugurou o movimento antropofágico nas artes plásticas.
Juntamente com Candido Portinari, Di Cavalcanti, José Pancetti e alguns outros pintores, Tarsila; dona de referência bibliográfica invejável – creio que sobre ela e sua arte todos os aspectos importantes e menos importantes já tenham sido explorados – faz parte da própria história da arte moderna brasileira.
A ‘Caipirinha’ vestida por Jean Patou e (Paul) Poiret[1], viveu a prodigiosa efervescência e a desvairança dos anos ’20 no Brasil e na França, e deles tirou grande proveito.
E studou com William Zadig, Mantovani, Pedro Alexandrino e Georg Elpons, no Brasil; em Paris, com Emile Renard na “Académie Julian”, André Lhote, Albert Gleizes e Fernand Léger, o qual exercerá grande influência, em virtude da poética seguida por ambos os artistas incorporarem em suas obras, a dinâmica das transformações industriais[2] na França e no Brasil com suas particulares especifidades.
Relacionou-se com Pablo Picasso cuja obra não a influenciou, viu de perto a produção dos dadaístas e futuristas, pôs-se em contato com Blaise Cendrars, Ambroise Vollard, Eric Satie, Léonce Rosenberg Jean Cocteau, Jules Supervielle, Jules Romains, Arthur Rubinstein, Maurice Raynal, Paul Morand, Frederic Brancusi e muitos outros.
Aracy A. Amaral[3] e Sônia Salzstein[4] e outros importantes nomes de nossas artes já deram conta do recado.
Seus tons, de intensidade e força absurdas, são reminiscências de infância da pintora nascida em Capivari, interior de São Paulo. Desde então, Tarsila adota de forma quase que rebelde e contestadora, cada colorido excessivo para, assim, melhor representar um país-aquarela.
Engana-se, no entanto, quem acredita ser uma pintora estritamente rural.
Sagrado Coração de Jesus; ost, 100x76, 1904
Biografia de Tarsila do Amaral
Nasceu em 1 de Setembro de 1886, na Fazenda São Bernardo, em Capivari, interior de São Paulo, de lar fisiocrata, patriarcal, autoritário e legítimo representante da potente oligarquia cafeeira paulista – já herdeira de apreciável fortuna e diversas fazendas, nas quais Tarsila passou a infância e adolescência, foi-lhe ensinado a ler, escrever, bordar e falar francês.
O lazer se dividia entre o piano, passeios campestres e a pesquisa minuciosa nos numerosos volumes da biblioteca paterna. Estudou em São Paulo, em um colégio de freiras do bairro de Santana e no Colégio Nossa Senhora de Sion. Completou seus estudos em Barcelona, na Espanha, no Colégio Sacré-Coeur de Jésus.[5] A figura 1 mostra o primeiro quadro pintado por “Tharcilla” conforme “Raisonné Tarsila do Amaral (vide Vol. 1, pág. 63).
Primeiro casamento e maternidade
1906: Casou-se com seu primo materno, o médico André Teixeira Pinto; mas André e o conservadorismo da época a impediam de qualquer desenvolvimento artístico, fazendo com que esse primeiro casamento fracassasse rapidamente. Com ele teve sua única filha, a menina Dulce, nascida no mesmo ano do casamento. Tarsila se separou logo após o nascimento da filha e voltou a morar com os pais na fazenda, com a filha.
Início da carreira
1916: Iniciou estudos de escultura com o escultor William Zadig e Mantovani em 1916. No ano seguinte, começou a aprender pintura com Pedro Alexandrino Borges[6] e mais tarde, estudou com o alemão George Fischer Elpons.
1920: Incentivada por João de Souza Lima[7] – amigo da família de Tarsila, que havia obtido bolsa de estudos da “Comissão do pensionato Artístico do Estado de São Paulo – leia-se Freitas Valle e Villa Kyrial – que estava vivendo em Paris; viaja a Paris e freqüenta a Academia Julian, onde desenhava nus e modelos vivos intensamente. Também estudou na Academia de Émile Renard. A artista estudou também com Lhote e Gleizes, outros mestres cubistas. Cendrars também apresentou a Tarsila pintores como Picasso, escultores como Brancusi, músicos como Stravinsky e Eric Satie. E ficou amiga dos brasileiros que estavam lá, como o compositor Villa Lobos, o pintor Di Cavalcanti, e os mecenas Paulo Prado e Olívia Guedes Penteado.
Tarsila oferecia almoços bem brasileiros em seu ateliê e era convidada para jantares na casa de personalidades da época. Vestia-se com os melhores costureiros e, em uma homenagem a Santos Dumont usou uma capa vermelha que foi eternizada por ela no auto-retrato “Manteau Rouge”, de 1923.
A negra; ost, 100x80, 1923.
1922: Sua tela “Passaporte” foi admitida no “Salon Officiel des Artistes Français”.
Expôs no Salão de Belas Artes de São Paulo no Palácio das Indústrias.
Apesar de ter tido contato com as novas tendências e vanguardas e, portanto, já ter sido apresentada ao Modernismo, Tarsila somente aderiu às idéias modernistas ao voltar ao Brasil, em 1922. Foi apresentada por Anita Malfatti aos modernistas, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti Del Picchia. Esses novos amigos passaram a freqüentar seu atelier, formando o Grupo dos Cinco.
1923: Em janeiro de 1923, na Europa, Tarsila se uniu a Oswald de Andrade e o casal viajou por Portugal, Espanha e Itália. De volta a Paris, estudou com os artistas cubistas: freqüentou a Academia de Lhote, de Albert Gleizes, conheceu Pablo Picasso, Blaise Cendrars e tornou-se amiga do pintor Fernand Léger, visitando a academia desse mestre do cubismo, de quem Tarsila conservou, principalmente, a técnica lisa de pintura e certa influência do modelado legeriano. Pintou a obra “A negra” que impressionou muito Léger.
Fases Pau-Brasil e Antropofagia
Encontrei em Minas as cores que adorava em criança.
Ensinaram-me que eram feias e caipiras.
Mas depois vinguei-me da opressão, passando-as
para as minhas telas: o azul puríssimo, rosa violáceo,
amarelo vivo, verde cantante, … Tarsila.
1924: Em 1924, em meio à uma viagem de "redescoberta do Brasil" com os modernistas brasileiros e com o poeta franco-suíço Blaise Cendrars – Carnaval no Rio de Janeiro e Semana Santa nas cidades históricas mineiras – Tarsila iniciou sua fase artística “Pau-Brasil”, dotada de cores e temas acentuadamente tropicais e brasileiros, onde surgem os "bichos nacionais" (mencionados em poema por Carlos Drummond de Andrade), a exuberância da fauna e da flora brasileira, as máquinas, trilhos, símbolos da modernidade urbana.
Revolução de Isidoro[8].
1926: Casou-se com Oswald de Andrade em out.1926[9] e, no mesmo ano, realizou sua primeira exposição individual, na Galeria Percier, em Paris.
Presidente Dilma Rouseff e casal Obama ao lado do quadro Abaporu
1928: Em 1928, Tarsila pinta o Abaporu[10], cujo nome de origem indígena significa "homem que come carne humana", obra que inspirou o Movimento Antropofágico, idealizado pelo seu marido.
Oswald ficou impressionado com o quadro e disse que era o melhor que Tarsila já havia feito. Chamou o amigo e escritor Raul Bopp, que também achou o quadro maravilhoso. Eles acharam que parecia uma figura indígena, antropófaga, e Tarsila lembrou-se do dicionário Tupi Guarani de seu pai. Batizou-se o quadro de “Abaporu” – a artista contou que o Abaporu era uma imagem do seu inconsciente, e tinha a ver com as estórias de monstros que comiam gente que as negras contavam para ela em sua infância – e que significava homem que come carne humana, o antropófago.
Oswald escreveu o Manifesto Antropófago e fundaram o Movimento Antropofágico. A figura do Abaporu simbolizou a Antropofagia que propunha a digestão de influências estrangeiras, como no ritual canibal (em que se devora o inimigo com a crença de poder-se absorver suas qualidades), para que a arte nacional ganhasse uma feição mais brasileira[11].
Em julho de 1929, Tarsila expõe suas telas pela primeira vez no Brasil, no Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, em virtude da quebra da Bolsa de Nova York, conhecida como a Crise de 1929, Tarsila e sua família de fazendeiros sentem no bolso os efeitos da crise do café e Tarsila perde sua fazenda. Ela perdera praticamente todos os seus bens e sua fortuna.
Vale um esboço dos ciclos produtivos e as conseqüências do “crack” da Bolsa americana. O desenvolvimento brasileiro se dava aos saltos; no século XVII com os engenhos de açúcar, depois foi a vez dos mineradores de ouro de Minas Gerais, seguidos pelos barões do café em terras fluminenses até chegar aos primeiros decênios do século XX, com o domínio da oligarquia agrária do café paulista e a edição tupiniquim – mas não menos grandiosa que a européia – da “Belle Époque”. A crise do café começou em 1920; o mundo consumia cerca 22 MM de sacas de café e nós – orgulhosos da nossa monocultura – produzíamos 21 MM que representava 75 ca., das nossas exportações fato motivador de muitas e muitas falências antes da quebra de “Wall Street”. Em 1929, a safra chega a 21 MM de sacas e as exportações continuam a cair. A crise americana no período 19 – 24.10.29 com a quebra da Bolsa de Valores de NYC, provocou a falência de milhares de empresas norte-americanas, arruinou a produção agrícola e provocou um brutal desemprego. A depressão econômica nos Estados Unidos repercutiu imediatamente no mercado mundial, levando o capitalismo internacional à maior crise de sua história. O Brasil e São Paulo não poderiam ficar imunes, mercê de nossa fraqueza econômica. A economia brasileira – agrário-exportadora – não podia resistir à retração mundial e a crise econômica se alastrou por todo o país[12].
E a Tarsila?
Em 1930, Oswald de Andrade separou-se de Tarsila porque decidiu se casar com a revolucionária Patrícia Galvão, conhecida como Pagú. Tarsila sofreu demais com a separação e com a perda da(s) fazenda(s), o que a levou a entregar-se ainda mais a seu trabalho no mundo artístico. Conseguiu o cargo de conservadora da Pinacoteca do Estado de São Paulo e deu início à organização do catálogo da coleção do primeiro museu de arte paulista. Porém, com o advento da ditadura de Getúlio Vargas e a queda de Júlio Prestes, perdeu o cargo.
Viagem à URSS e fase social
1931-1932[13]: Em 1931, Tarsila vendeu alguns quadros de sua coleção particular para poder viajar a União Soviética com seu novo marido, o psiquiatra paraibano Dr. Osório César, que a ajudaria a se adaptar às diferentes formas de pensamento político e social. O casal viajou a Moscou, Leningrado, Odessa, Constantinopla, Belgrado e Berlim. Por fim Paris, onde Tarsila sensibilizou-se com os problemas da classe operária.
Sem dinheiro, trabalhou como operária de construção, pintora de paredes e portas. Logo conseguiu o dinheiro necessário para voltar ao Brasil.
1933: No Brasil, por participar de reuniões políticas de esquerda Tarsila é considerada suspeita e é presa, acusada de subversão. Em 1933, a partir do quadro, “Operários”, a artista inicia uma fase de temática mais social, da qual são exemplos as telas, “Operários” e “Segunda Classe”. Em meados dos anos 30, o escritor Luiz Martins[14], vinte anos mais jovem que Tarsila, torna-se seu companheiro constante, primeiro de pinturas, depois da vida sentimental.
2ª Classe; ost, 110x151, 1933
1934: Participou do 1º. Salão Paulista de Belas Artes, separou-se de Osório e se casou com Luiz, com quem viveu até os anos 50.
1940-1950: A partir da década de 40, Tarsila passou a pintar retomando estilos de fases anteriores. Expôs nas 1ª e 2ª Bienais de São Paulo; na primeira (1951) ganhou o “Prêmio Aquisição”. Retrospectiva no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) em 1950, com apresentação de Sérgio Milliet.
1960-1970: É tema de sala especial na Bienal de São Paulo de 1963 e, no ano seguinte, apresenta-se na 32ª Bienal de Veneza.
Em 1965, separada de Luís e vivendo sozinha, foi submetida a uma cirurgia de coluna, já que sentia muitas dores, e um erro médico deixou-a paralítica permanecendo em cadeira de rodas até seus últimos dias.
Em 1966, Tarsila perdeu sua única filha, Dulce, que faleceu de um ataque de diabetes. Nesses tempos difíceis, Tarsila declara, em entrevista, sua aproximação ao espiritismo. A partir daí, passa a vender seus quadros, doando parte do dinheiro obtido a uma instituição administrada por Chico Xavier, de quem se torna amiga. Ele a visitava, quando de passagem por São Paulo e ambos mantiveram correspondência.
Em 1969, com curadoria de Aracy Amaral[15] é apresentada ao público sua Retrospectiva “Tarsila, 50 anos de pintura”, no MAM-RJ e MAC-SP.
Tarsila do Amaral, a artista-símbolo do modernismo brasileiro, faleceu no Hospital da Beneficência Portuguesa, em São Paulo, em 17 de janeiro de 1973 devido a depressão. Foi enterrada no Cemitério da Consolação de vestido branco, conforme seu desejo.
Representações na cultura
Tarsila do Amaral já foi retratada como personagem no cinema e na televisão, interpretada por Esther Góes no filme "Eternamente Pagu" (1987), Eliane Giardini nas minisséries "Um Só Coração" (2004) e "JK" (2006).
A artista também foi tema da peça teatral Tarsila, escrita entre novembro de 2001 e maio de 2002 por Maria Adelaide Amaral. A peça foi encenada em 2003 e publicada em forma de livro em 2004. A personagem-título foi interpretada pela atriz Esther Góes e a peça também tinha Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Anita Malfatti como personagens.
Tarsila do Amaral foi homenageada pela União Astronômica Internacional, que em 20 de novembro de 2008 atribuiu o nome "Amaral" a uma cratera do planeta Mercúrio.
Em 2008, foi lançado o Catálogo Raisonné Tarsila do Amaral, uma catalogação completa das obras da artista em três volumes, em realização da “Base Projetos Culturais”, com patrocínio da Petrobras, numa parceria com a Pinacoteca do Estado de São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura e Governo do Estado de São Paulo.
Entrevistas
Revista Veja (23/02/1972) - Leo Gilson Ribeiro
Veja: A senhora estava na Europa, durante a Semana. Mesmo assim, é considerada uma de suas figuras principais. Por que?
Tarsila: Embora eu estivesse na Europa, eu acho que participei da Semana de 22 pela carta que a Anita Malfatti me mandou, contando tudo, com todas as minúcias. Agora nem sei onde essa carta foi parar. Eu fiquei admirada do que ela me contou e com a grosseria do Monteiro Lobato quando falou sobre ela, sem compreender nada, muito reacionario, pois imagine que ele se julgava pintor, o Monteiro Lobato, sabe? Eu fiquei muito admirada: o que será esta coisa? A Anita ficou magoada com toda a ra zão, o Monteiro Lobato falava dos quadros dela como se fossem feitos por um burro com um pincel amarrado no rabo e conforme as moscas atormentavam o burro ele dava aquelas pinceladas assim na tela, não é?
Veja: Mas a Semana…
Tarsila: Nas vésperas de ir para a Europa eu aluguei meu atelier para um professor alemão, o professor Elpons, o único impressionista que estava no Brasil. Ele foi o único que me deu uma experiência dos quadros impressionistas porque aqui no Brasil não chegava nada, só através do professor Pedro Alexandrino, que esteve vinte anos em Paris e visitava muito, aqueles grandes pintores, que ele conhecia todos. Muita gente dizia: é perder tempo ir trabalhar no atelier de Pedro Alexandrino porque um passadista; mas ele tinha preparo, pensando bem não era perder tempo não.
Veja: Como a senhora descobriu o seu talento?
Tarsila: Eu comecei a trabalhar (em São Paulo) sob a direção de Pedro Alexandrino e não me fez nada de mal de ver que era uma coisa antiga, acadêmica, tinha aquele método antigo de copiar à fusain para exercitar a mão, fiz até a cabeça de um negro, ele queria que eu tivesse a mão muito firme e me dava então aquele papel muito grande para trabalhar, não é? ele ia me explicando tudo, fazer traços sem régua, sem nada. Comecei com o desenho, eu não era uma colorista no princípio, fazia cópias de gesso também, com sombreadodo, coisas de anatomia que tinha que copiar, conhecer bem. Ele trabalhava no Liceu de Artes e Ofícos e trazia aqueles modelos e era muito bom porque a pessoa aprendia anatomia e sabia as proporções, não é?
Veja: São Paulo era muito provinciana nas artes?
Tarsila: Ah, era, o gosto geral era pelas paisagens iguaizinhas à vida, era o reino da natureza morta também, as fulgurações do metal copiadas na tela, tão real! Isso não foi prejudicial para mim, foi uma fase preparatória. Quando cheguei na Europa fui logo para a Académie Julien, academia de nus, num grande salão, eu fui com meus trabalhos: uma cabeça de velho feita a pastel, depois uma holandesa com óleo já e o negro, que foi a carvão. Havia muitos ateliers e a moda era dos nus, punham o modelo só cinco minutos diante do artista para ele fazer rapidamente, eu gostava até porque já tinha prática. Depois fui estudar com um grande professor hors-concours, fazia exposições, gostava muito da minha pintura, agora me esqueci do nome dele. Ele chamava a atenção dos alunos para o que eu fazia, sabe? Eram muitos e como eu trabalhava rápido ele gostava e dizia para o atelier grande: Voyez ce qu´elle fait, comme c´est puissant (Olhem só o que ela faz, como tem força!) Eu voltei ao Brasil pouco depois da Semana, mas eu não gostava do que a Anita Malfatti fazia, era tudo assim muito deformado. Mas é claro que estava completamente chocada e contra o Monteiro Lobato. Depois, no fim do ano, a Anita foi trabalhar também com o Pedro Alexandrino, porque a mãe da Anita era muito passadista e vivia contra a filha e contra as inovações dela na pintura, dizia que aquilo não prestava. A Anita ficava muito desanimada da mãe se zangar por ela não fazer o parecido, a mãe não compreendia nada, era um horror!
Veja: A senhora achou um ambiente hostil quando voltou?
Tarsila: Eu cheguei nos primeiros dias de junho, vinha de navio, que não tinha a facilidade do avião, o Gago Coutinho é que ia atravessar o Atlântico logo depois. Mas era tão tranqüila a travessia por mar!… Eram os navios da Mala Real inglesa, os melhores, e logo passou algum tempo a França fez também o Lutèce e o Marsília. Não, não achei um ambiente hostil quando voltei. Eu recebia muitas pessoas, poetas, no meu atelier da rua Vitória. Era uma casa que pertencia à minha família mesmo.
Veja: A senhora era uma mulher muito bonita…
Tarsila: Quem? Eu? Bom, naturalmente, naquele tempo eu estava melhor do que estou hoje. Aí tive o encontro com o Oswald de Andrade, que era muito extravagante, falava mal de todo mundo, quando ele achava que uma coisa era engraçada, tinha que dizer mesmo que ofendesse os amigos, sacrifica tudo por um bon mot. Uma vez Paulo Prado brigou com ele e nunca mais quis falar com ele, sabe? Eu nem sabia por que, no entanto o Paulo Prado tinha feito um prefácio muito bom para o livro do Oswald, Pau-Brasil, editado lá em Paris. Quando o Oswald tinha uma coisa para dizer, ele não resistia mesmo e aí falou sobre a dona Veridiana Prado e dizem que ela não era, bem ariana, que ela tinha uma misturazinha lá e o Oswald falou daquela gloriosa mulata que a dona Veridiana Prado. Ora, o Paulo Prado era parente muito próximo, de maneira que nunca mais falou com o Oswald.
Veja: Ele brigou também com Mário de Andrade?
Tarsila: Brigou também. Depois ficou com saudade dele, pediu que eu escrevesse uma carta para o Mário, Oswald era muito temperamental, eu estava casada com ele e escrevi mas Mário respondeu que era impossível, que o Oswald o tinha ofendido demais, que ele estava muito ressentido, que não era possível, que comigo era diferente, ele sempre foi muito meu amigo, o Mário. Aí, quando o Oswald viu que ele não voltava mesmo às boas, continuou a falar mal do Mário. Era uma pena esse traço do caráter do Oswald… E com uma obra tão séria, não? as ilustrações dos livros fui eu que fiz todas.
Veja: O famoso Aba-Puru partiu daí?
Tarsila: Não, eu quis fazer um quadro que assustasse o Oswald, sabe? que fosse uma coisa mesmo fora do comum. Aí é que vamos chegar no Aba-Puru. Eu mesma não sabia por que que eu queria fazer aquilo… depois é que eu descobri. O Aba-Puru era aquela figura monstruosa que o senhor conhece, não é? a cabecinha, o bracinho fino apoiado no cotovelo, aquelas pernas compridas, enormes, e junto tinha um cacto que dava a impressão de um sol como se fosse também uma flor e ao mesmo tempo um sol e então quando viu o quadro o Oswald ficou assustadíssimo e perguntou: Mas o que é isso? Que coisa extraordinária! Aí imediatamente telefonou para o Raul Bopp, que estava aqui, e disse: Venha imediatamente aqui que é pra vocêver uma coisa! Aí o Bopp foi lá no meu atelier, ali na rua Barão de Piracicaba, um solar muito bonito que meu pai tinha comprado recentemente, o Bopp assustou-se também e o Oswald disse: Isso é como uma coisa como se fosse um selvagem, uma coisa do mato, e o Bopp foi da mesma opinião. Aí eu quis dar um nome selvagem também ao quadro, porque eu tinha um dicionário de Montoia, um padre jesuíta que dava tudo. Para dizer homem, por exemplo, na língua dos índios era Abá. Eu queria dizer homem antropófago, folheei o dicionário todo e não encontrei, só nas últimas páginas tinha uma porção de nomes e vi Puru e quando eu li dizia homem que come carne humana, então achei, ah, como vai ficar bem, Aba-Puru. E ficou com esse nome.
Veja -Então, a senhora foi a origem do movimento antropófago?
Tarsila: O Raul Bopp achou que devíamos fazer um movimento em torno desse quadro, achou esquisitíssimo, ele gostou muito e depois escreveu um livro interessantísimo sobre o linguajar indígena do Amazonas. Todos começaram a dizer que o Oswald é que tinha feito o Aba-Puru e criado o movimento antropofágico. Ele aceitou que dissessem que era de autoria dele, achou interessante.
Veja: Daí ele passou a datar documentos a partir do ano em que os índios tinham comido na Bahia aquele bispo, o bispo Sardinha?
Tarsila: É, e fizeram o movimento da antropofagia e aí todas as quartas-feiras o Chateaubriand (com pronúncia francesa) ofereceu uma página no jornal para o movimento. Então vinha o Geraldo Ferraz, que era conhecido como o açougueiro, falar de arte, não é? Era, sim, açougueiro porque antropofagia era comer carne, então ele é que contava e distribuía entre os leitores. Mas aí, como havia muita irreverência com as famílias que assinavam o Diário de São Paulo o Chateaubriand viu-se obrigado a pedir que não continuassem porque estava perdendo todos os leitores.
Veja: O Aba-Puru com aquela figura deformada, monstruosa, parece coisa de pesadelo.
Tarsila: Engraçado o senhor falar nisto, eu gosto de inventar formas assim de coisas que eu nunca vi na vida, mas não sabia por que que eu tinha feito o Aba-Puru daquela forma. Eu me perguntava: Mas como é que eu fiz isto? Depois uma amiga que era casada com o prefeito me dizia: Sempre que eu vejo Aba-Puru; me lembro de uns pesadelos que eu tenho, e eu então liguei uma coisa a outra, disse que devia ser uma lembrança psíquica ou qualquer coisa assim e me lembrei de quando nós éramos crianças na fazenda. Naquele tempo tinha muita facilidade de empregadas, aquelas pretas que trabalhavam para nós na fazenda, depois do jantar elas reuniam a criançada para contar histórias de assombração, iam contando da assombração que estava no forro da casa, eu tinha muito medo, a gente ficava ouvindo, elas diziam: daqui a pouco da abertura vai cair um braço, vai cair uma perna e nunca esperávamos cair a cabeça, abríamos a porta correndo e nem queríamos saber de ver cair a assombração inteira. Quem sabe o Aba-Puru é um reflexo disso?
Veja: Assim como o movimento antropofágico tinha relações com as culturas primitivas, dos índios, da África, etc., o Fernand Léger, com a sua temática de máquinas, fábricas, sociedade moderna, teve influência na sua pintura também?
Tarsila: Eu gostava muito da obra dele, fui muito amiga dele, mas não freqüentei o atelier do Léger, eu era amiga da mulher dele também, depois até inventaram que ele tinha desenhado brincos para mim, etc., imagine! Eu me inspirei em São Paulo mesmo, na sociedade fabril e foi uma novidade naquele tempo, no Brasil, o que eu fiz. E fui tão bem aceita, que o governo do Estado comprou a minha obra, sabe, um quadro grande, está em Campos do Jordão, imitando em cima uma fábrica. Na época de minha exposição no Rio tive um amigo pernambucano que me mandou todos os recortes da crítica quando foi exposto lá o Aba-Puru inclusive. Havia invenções incríveis, diziam que meu atelier era como o atelier do Renoir, cheio de nus e não sei o que mais e que eu mandava espalhar pelo atelier inteiro divãs cobertos de veludos roxos, cada uma! E me confundiam com a Anita Malfatti. Naquela época, o senhor imagina, uma jornalista do Rio chegou a escrever que o Oswald de Andrade nem chegara a se casar comigo! Falava de mim feito de um monumento de São Paulo, vale a pena conhecer TARSILA em São Paulo, virei atração turística, veja só! Quando meu casamento com o Oswald foi até um casamento de luxo, o Washington Luís esteve presente! Falavam de mim, de meus muitos amores!, até de lançadora de modas eu fui chamada. E claro, porque cada vez que eu voltava da Europa eu trazia as novidades, não é mesmo? Eu estava uma vez com um vestido lindíssimo, uma seda meio xadrez, com mangas bufantes e dois laços de fita bem largos, azuis (dona Anette mostra uma edição da Ilustração Brasileira e diz que foi em 1924) sabe? Foi o vestido que eu escolhi para o vernissage de obras minhas num conjunto de muitas salas, na rua Barão de Itapetininga, eu estava ali esperando os visitantes. Aí eu vi assim uma porção mesmo de rapazes que vinham na minha direção, como eu estava na porta eu perguntei: Os senhores querem entrar? Parecia que era o que eles queriam mesmo, e eu os recebi com muita cordialidade, convidei, mal eu sabia o que eles queriam fazer: todos vieram com giletes no bolso para arrasar com tudo o que eu tinha feito! Mas acho que me estranharam de ver num vestido assim tão bonito e não conseguiram o que pretendiam, não.
Veja: A senhora na sua infância morou em São Paulo ou no interior?
Tarsila: Quando eu era pequena eu morava numa fazenda, meu pai adorava tudo que era fazenda, comprava muitas terras, era um homem muito rico porque o pai dele também era conhecido na genealogia paulista como José Estanislau do Amaral, o Milionário. Ele começou a vida sem nada, fazendo óleo de mamona, tinha um ou dois escravos que o ajudavam a fazer isso e depois foi vendendo, foi melhorando, comprou fazendas, uma porção, vendia café em Santos também, onde ganhava muito com isso. Eu fui criada no campo, acho que é por isso que sou tão forte ainda com a minha idade. Na luta do braço (mostra o braço), até homem é difícil de me vencer, sabe?
Veja: E na sua pintura também está essa força da terra, do campo?
Tarsila: Exatamente. Sabe? Eu era pequena na fazenda e via minha mãe com muitos santinhos de igreja, já gostava de pintura, tanto que eu fazia as primeiras cópias mal feitas dos santos. São Franciso Xavier eu fiz quando eu tinha uns quatro anos. Adorava desenhar e viver rodeada de galinhas, de pintos e fazia um desenhozinho, de tudo que era animal que eu via. Aí me fizeram presente de uma gatinha branca, eu adorava gatos, chamava-se Falena, e ela arranjou muitos maridos e eu fiquei com quarenta gatos que me rodeavam miando, lá na fazenda de Capivari. Mas eu passava tempos também na fazenda de São Bernardo, que papai já tinha comprado naquela época, era uma casa muito grande e bonita e até foi vendo as letras da entrada da fazenda que eu fui aprendendo a ler. Sabe, eram letras quase do tamanho deste armário aqui. Minha mãe me ensinava: Olhe, isto aqui é um B, chama-se B esta letra, aqui é um A e eu me lembrava logo da forma das letras. Eu nem senti que estava sendo alfabetizada antes de entrar para a escola. E fazia também bonecas de mato: um mato que crescia com uns caules quadradinhos e dava flor, eu pegava e fazia com aqueles matos uma espécie de escultura, eu fazia braços e pernas e brincava com aquilo. Eu cresci nessa fazenda e como meu pai soube que ali perto tinha se estabelecido uma família belga, eram nobres Van Harenberg Val-mont, tinham uma filha de dezoito anos e, como eu tinha outros irmãos pequenos, papai mandou perguntar se a moça podia vir nos ensinar francês e ela veio mas não nos ensinou nada, mamãe é que ensinou portuguê para ela. O francês eu aprendi porque papai queria os filhos muito educados, então fomos para a Europa e nunca nenhum francês soube que eu não era francesa: me diziam sempre que eu falava completamente sem accent étranger, sabe?
Veja: Em Paris a senhora estava em contato com Picasso, com Apollinaire, com Breton?
Tarsila: Ah, estive, o Cocteau também era nosso grande amigo, eu fazia muitos almoços brasileiros no meu atelier em Paris, que o Paulo Prado descobriu que foi o atelier de Cézanne, na rua Moreau, num bairro até não muito recomendável, mas era tão difícil ter um atelier em Paris! Havia muitos artistas americanos, muitos estrangeiros e era difícil achar. O meu era no quinto andar, tinha que subir tudo a pé, não tinha
banheiro, era meio primitivo, banho mesmo era só no bain publique. Quem ia sempre era o Vila-Lobos e o Cocteau também freqüentava, diziam até que ele era muito bom musicista. Vila-Lobos então improvisava num piano de cauda que tinha lá no meu atelier, tocava uma coisa e o Cocteau dizia, fazendo careta de tédio: Non, ça n’est pas quelque chose de neuff! (Não, isso não é nada de novo!) Aí o Vila-Lobos tocava outra coisa e o Cocteau balançava a cabeça Não, isso não é inédito, até que se sentou embaixo do piano alegando que era pour mieux entendre (para ouvir melhor), mas nunca aprovando a música do Vila-Lobos, o folclore brasileiro para ele era déjà entendu (já ouvido). O senhor pode imaginar as brigas que se armavam, com o Vila-Lobos muito espalhafatoso, muito exuberante… Era um clima, aliás, de constantes discussões, porque eram de partidos literários, políticos, estéticos diferentes e dava aquelas confusões eternas…
Veja: A senhora teve uma vida muito rica; quando foi que a senhora se sentiu mais feliz?
Tarsila: Foi quando justamente meu pai comprou um solar, que havia lá na rua Barão de Piracicaba, porque minha mãe gostava de casa bem grande, era uma mansão mesmo e lá é que eu dava festas, fazia jantares e tinha dois rapazinhos de quinze para dezesseis anos e que eram garçons, eu trouxe uma adega excelente, que ninguém conhecia igual em São Paulo, escolhida peça por peça por um sommelier franoh com o nome de um artista conhecido, não me lembro agora, Maurice Chevalier? Não, ele se chamava Charles Boyer, acho que era o nome de um artista do cinema, não era?
Veja: De onde a senhora tira tanta força para viver? Uma queda a deixou presa na cama a maior parte do dia. Recentemente, perdeu a única filha. Logo depois, morreu sua única neta, afogada. A senhora é religiosa?
Tarsila: Ih, sou, sim. Sou muito devota do Menino Jesus de Praga, porque alcancei muitas graças com as orações a ele. É uma novena milagrosa, eu sei tudo de cor: Oh Jesus que dissestes: Pedi e recebereis, procurai e achareis, batei e a porta se abrirá, quando eu li isso eu fiquei arrepiada, sabe? de imaginar assim aquela porta se abrindo, se abrindo… Isso me inspirou um quadro de Jesus Menino com um negrinho, que simboliza os humildes, também com japoneses e índios, eu dei de presente para um padre que dirige um orfanato para crianças. Eu copiava oleografias sacras…
Veja: O Portinari começou também copiando santos.
Tarsila: Ah, tive uma desilusão com Portinari quando conheci um exegeta do cubismo em Paris e freqüentei mais de seis meses esse grande professor e acho que o Portinari não sabia fazer pintura cubista. Por exemplo: ele ia fazer o Tiradentes. Fez com pincel e nanquim, desenhado, e depois colocou pedaços de papel e colou em cima do desenho, isso nunca foi cubismo!
Veja: Além do sentimento religioso, há um tom de lembrança em sua pintura…
Tarsila: Um dos meus quadros que fez muito sucesso quando eu o expus lá na Europa se chama A Negra. Porque eu tenho reminiscências de ter conhecido uma daquelas antigas escravas, quando eu era menina de cinco ou seis anos sabe? escravas que moravam lá na nossa fazenda, e ela tinha os lábios caídos e os seios enormes, porque, me contaram depois, naquele tempo as negras amarravam pedras nos seios para ficarem compridos e elas jogarem para trás e amamentarem a criança presa nas costas. Num quadro que pintei para o IV Centenário de São Paulo eu fiz uma procissão com uma negra em último plano e uma igreja barroca, era uma lembrança daquela negra da minha infância, eu acho. Eu invento tudo na minha pintura. E o que eu vi ou senti, como um belo por-de-sol ou essa negra, eu estilizo.
Veja: A sua pintura, tão poética, é então uma evocação enternecedora de uma infância feliz?
Tarsila: Acho que o senhor não está longe de ter acertado.
Almanaque Abril
Tarsila do Amaral, (b. September 1, 1886 in Fazenda São Bernardo. Capivari, São Paulo,- d. São Paulo on January 17, 1973).
Comentário crítico
"O Rio de Janeiro vai descobrir Tarsila e vai ter com essa descoberta a exata sensação de um maravilhoso encantamento. Tarsila é o maior pintor brasileiro. Nenhum, antes dela, atingiu aquela força plástica - admirável como invenção e como realização - que ela só possui, entre nós" (...) "Nem também nenhum penetrou tão bem quanto ele a selvageria de nossa terra, o homem bárbaro que é cada um de nós, os brasileiros de verdade que estamos comendo, com a ferocidade possível, a velha cultura de importação, a velha arte imprestável, todos os preconceitos, em suma, com que o Ocidente, através das manhas da catequese, nos envenenou a sensibilidade e o pensamento".
Oswald de Andrade
ANDRADE, Oswald. [Texto originalmente publicado em entrevista de Oswald de Andrade a O Paiz em 1929]. In: AMARAL, Aracy. Tarsila: sua obra e seu tempo. 3. ed. rev. ampl. São Paulo: Edusp: Editora 34, 2003. p. 314
"As fases pau-brasil e antropofágica de Tarsila são, sem sombra de dúvida, os pontos culminantes de sua carreira como pintora e as responsáveis pela sua inscrição na história da arte no Brasil. Elas sintetizam, plasticamente, o seu relacionamento genuíno com a terra, e sua picturalidade, como bem afirmou Haroldo de Campos, atualizada pelo contato com o cubismo, permitiu-lhe 'extrair essa lição não de coisas, mas de relações, que lhe permitiu fazer uma leitura estrutural da visualidade brasileira. Reduzindo tudo a poucos e simples elementos básicos, estabelecendo novas e imprevistas relações de vizinhança na sintagmática do quadro, Tarsila codificava em chave cubista a nossa paisagem ambiental e humana, ao mesmo tempo que redescobria o Brasil nessa releitura que fazia, em modo seletivo e crítico (sem por isso deixar de ser amoroso e lírico), das estruturas essenciais de uma visualidade que a rodeava desde a infância fazendeira' (...)".
Aracy Amaral
AMARAL, Aracy. Tarsila: sua obra e seu tempo. São Paulo: Perspectiva: EDUSP, 1975. (Estudos, 33).
"Através de sua atitude e obra, em particular nos anos 20 e 30, processa-se a redescoberta do Brasil, depois de séculos de alheamento e de subserviente absorção de modelos metropolitanos. Com ela, mundo e Brasil dialogam de igual para igual, e criadoramente. À geometria de angulosidade cubista acrescenta ritmos sinuosos e envolventes de uma tradição barroca mais nossa, tropicalizada; mescla também a recuperação de temas, iconografia e cores das manifestações genuinamente populares com o refinamento autoconquistado da técnica de tratá-los no âmbito de uma pintura que nunca pretendeu o ingenuísmo formal, ainda que vez ou outra indique atração pelo lirismo infantilmente fantástico de Henri Rousseau ou pelo humor quase caricatura, característico da irreverência modernista inicial.
Na pintura deixada por Tarsila, o universal se particulariza, o popular se refunde no erudito, a maturidade revisita a infância. Transformando-se em nosso o que a princípio não nos pertencia, mas que pelo contágio e ingestão consciente passou a incorporar-se à nossa individualidade em termos de nação, tudo se explica de novo, como se fosse pela primeira vez".
Roberto Pontual
PONTUAL, Roberto. Tarsila do Amaral. In: _______. Arte brasileira contemporânea: Coleção Gilberto Chateaubriand. Rio de Janeiro: Edições Jornal do Brasil, 1976. p. 75.
"A relação de Tarsila com a obra de Léger demonstra bem a inteligência com a qual analisa a arte francesa. O que ela irá absorver de determinante no sistema de Léger é a utilização do modelo da máquina. Mas a metáfora segundo a qual Léger irá desenvolver seu trabalho tem por objeto a sociedade industrial. Tarsila fará da 'brasilidade' o seu traço distintivo dessa formulação, adotando a 'linguagem de máquina' (assim como Oswald de Andrade se utiliza da linguagem telegráfica) como um desejo de atualização, no sentido de situar a percepção do Brasil a partir da ótica aberta pela industrialização. A máquina no seu trabalho não será apenas uma referência ao presente, será igualmente a tentativa de apreender o universo simbólico brasileiro, por um olhar compatível com seus aspectos mais contemporâneos. Em termos formais, as distinções que esta sua postura produzirá afastarão Tarsila de uma atitude servil diante do modelo de Léger. Neste último, as cores, quase sempre primárias ou com tonalidades metálicas, procuram o máximo de contrastes, como se apresentam na vida urbana. Seu desenho segue o mesmo sentido da sua pintura, sendo a cor substituída por claros e escuros que mantêm o contraste e sugerem volumes, como se fossem uma preparação para a tela. Já o desenho de Tarsila opera mais como uma anotação que busca, através da linha, revelar a estrutura definidora do objeto. Assim, o traço se desenvolve numa linha que flui e vai num ritmo suave construindo o objeto, ao mesmo tempo em que ocupa e organiza a superfície do papel".
Carlos Zílio
ZÍLIO, Carlos. A querela do Brasil: A questão da identidade da arte brasileira:
a obra de Tarsila, Di Cavalcanti e Portinari, 1922-1945.
Rio de Janeiro, Relume-Dumará, 2. ed., 1997.
"Feitas as contas, a maior qualidade da pintura de Tarsila é também a razão de sua assustadora fragilidade - aí está uma superfície discrepante (Torre Eiffel + carnaval em Madureira, como vemos em uma de suas telas...), mantida no fio da navalha, cheia de brechas, articulando um sem-número de polaridades. A bem da verdade, mesmo nos trabalhos mais admiráveis da artista, é possível assistir aos torneios formais em que ela se engalfinha para manejar com naturalidade o vocabulário moderno: freqüentemente as telas divergem entre a descrição quase naturalista dos tipos étnicos, das peculiaridades da paisagem regional, e a geometrização mais decidida das formas, respondendo à exigência moderna de uma franqueza construtiva.
Reconheçamos que em virtude dessa atitude dúplice (que quer abraçar ao mesmo tempo o mundo e o vilarejo natal) muitos detalhes de sua pintura tocam o pitoresco: Tarsila acaba astuciosamente trapaceando a lógica cubista, que aconselharia a redução da figura humana aos tipos anônimos da civilização urbana, e se entretém prazerosamente nos detalhes. Ela oscila, por exemplo, em meio a uma dezena de maneiras de pintar pés e mãos, e isto, como se vê, é quase um capricho sentimental para quem aspira à (alguma) generalização da forma, à percepção estrutural do espaço pictórico.
(...) falar em incompletude e incongruência em face da obra de Tarsila talvez seja também especular em torno de um modo específico de produtividade poética na arte brasileira que, como a pintura da artista revelou, seria movida pela disposição construtiva aprendida da arte moderna tanto quanto pelo seu inverso, a vocação para a tábula rasa, para embaralhar tudo, relativizar o peso excessivo e já normativo de determinada influência, recombinar e buscar novas sínteses culturais".
Sônia Salzstein
SALZSTEIN, Sônia. A saga moderna de Tarsila. In: TARSILA, anos 20. Org. Sônia Salzstein. Textos de Aracy Amaral et al. São Paulo: Galeria de Arte do Sesi: Página Viva, 1997. p.13, p.16.
Depoimentos
"Encontrei em Minas as cores que adorava em criança. Ensinaram-me depois que eram feias e caipiras. Segui o ramerrão do gosto apurado... Mas depois vinguei-me da opressão passando-as para minhas telas: azul puríssimo, rosa violáceo, amarelo vivo, verde cantante, tudo em gradações mais ou menos fortes conforme a mistura de branco. Pintura limpa, sobretudo, sem medo de cânones convencionais. Liberdade e sinceridade, uma certa estilização que adatava a época moderna. Contornos nítidos, dando a impressão perfeita da distância que separa um objeto de outro".
Tarsila do Amaral
AMARAL, Tarsila. Pintura Pau Brasil e Antropofagia.
In: Revista Anual do Salão de Maio. São Paulo, nº 1, 1939.
Revista editada por Flávio de Carvalho.
"O abstracionismo, cujos princípios se dirigem ou devem dirigir-se cem por cento à inteligência, não me comove hoje. Já fui partidária dele em 1923, quando estudei com Albert Gleizes o “cubismo integral”, cuja essência corresponde perfeitamente ao abstracionismo.
Todo calculado, pesos e contrapesos, equilíbrio, dinamismo convencional, linhas e cores variando ao infinito, mas sempre linhas e cores.
Depois de um certo tempo a gente começa então a desejar evadir-se dessa eternidade artística, que só se dirige ao intelecto e a reagir com a volta ao sentimental, ao humano, já que no complexo humano os sentidos também têm seus direitos".
Tarsila do Amaral
GOTLIB, Nádia Battella. Tarsila do Amaral, a modernista.
São Paulo, Editora Senac São Paulo, 1998, p. 77.
Características de suas obras
Uso de cores vivas: Tarsila foi uma modernista, pintou o Brasil, desrespeitou normas clássicas da pintura tradicional e encheu suas telas de cores, muitas cores. Tarsila conseguiu traduzir em cores vibrantes todas as sombras de um país.
Influência do cubismo (uso de formas geométricas).
Abordagem de temas sociais, cotidianos e paisagens do Brasil.
Estética fora do padrão (influência do surrealismo na fase antropofágica).
Principais obras de Tarsila
Pátio com Coração de Jesus (Ilha de Wright) - 1921
A Espanhola (Paquita) - 1922
Chapéu Azul - 1922
Margaridas de Mário de Andrade - 1922
Árvore - 1922
O Passaporte (Portrait de femme) - 1922
Retrato de Oswald de Andrade - 1922
Retrato de Mário de Andrade - 1922
Estudo (Nu) - 1923
Manteau Rouge - 1923
Rio de Janeiro - 1923
A Negra - 1923
Caipirinha - 1923
Estudo (La Tasse) - 1923
Figura em Azul (Fundo com laranjas) - 1923
Natureza-morta com relógios - 1923
O Modelo - 1923
Pont Neuf - 1923
Rio de Janeiro - 1923
Retrato azul (Sérgio Milliet) - 1923
Retrato de Oswald de Andrade - 1923
Autorretrato - 1924
São Paulo (Gazo) - 1924
A Cuca - 1924
São Paulo - 1924
São Paulo (Gazo) - 1924
A Feira I - 1924
Morro da Favela - 1924
Carnaval em Madureira - 1924
Anjos - 1924
EFCB (Estrada de Ferro Central do Brasil) - 1924
O Pescador - 1925
A Família - 1925
Vendedor de Frutas - 1925
Paisagem com Touro I - 1925
A Gare - 1925
O Mamoeiro - 1925
A Feira II - 1925
Lagoa Santa - 1925
Palmeiras - 1925
Romance - 1925
Sagrado Coração de Jesus I - 1926
Religião Brasileira I - 1927
Manacá - 1927
Pastoral - 1927
A Boneca - 1928
O Sono - 1928
O Lago - 1928
Calmaria I - 1928
Distância - 1928
O Sapo - 1928
O Touro - 1928
O Ovo (Urutu) - 1928
A Lua - 1928
Abaporu - 1928
Cartão Postal - 1928
Antropofagia - 1929
Calmaria II - 1929
Cidade (A Rua) - 1929
Floresta - 1929
Sol Poente - 1929
Idílio - 1929
Distância - 1929
Retrato do Padre Bento - 1931
Operários - 1933
Segunda Classe - 1933
Crianças (Orfanato) - 1935/1949
Costureiras - 1936/1950
Altar (Reza) - 1939
O Casamento - 1940
Procissão - 1941
Terra - 1943
Primavera - 1946
Estratosfera - 1947
Praia - 1947
Fazenda - 1950
Porto I - 1953
Procissão(Painel) - 1954
Batizado de Macunaíma - 1956
A Metrópole - 1958
Passagem de nível III - 1965
Porto II - 1966
Religião Brasileira IV – 1970
Significado das telas
Chapéu Azul: Esta tela foi realizada depois de Tarsila frequentar o ateliê de Emile Renard. As telas dessa época possuem uma grande suavidade e uma atmosfera lírica.
Auto-retrato ou Manteau Rouge: Em Paris, Tarsila foi a um jantar em homenagem a Santos Dumont com esta maravilhosa capa (Manteau Rouge, em francês, significa casaco, manto vermelho). Além de linda, usava roupas muito elegantes e exóticas, e sua presença era marcante em todos os lugares que freqüentava. Depois desse jantar, pintou este maravilhoso auto-retrato.
A Negra: Esta tela foi pintada por Tarsila em Paris, enquanto tomava aulas com Fernand Léger. A tela o impressionou tanto que ele a mostrou para todos os seus alunos, dizendo que se tratava de um trabalho excepcional. Em A Negra temos elementos cubistas no fundo da tela e ela também é considerada antecessora da Antropofagia na pintura de Tarsila. Essa negra de seios grandes, fez parte da infância de Tarsila, pois seu pai era um grande fazendeiro, e as negras, geralmente filhas de escravos, eram as amas-secas, espécies de babás que cuidavam das crianças.
EFCB (Estação de Ferro Central do Brasil): Este quadro foi pintado depois da viagem a Minas Gerais com o grupo modernista. Foi então que Tarsila começou a pintura intitulada Pau-Brasil, com temas e cores bem brasileiros. Esta tela foi pintada para participar da exposição-conferência sobre modernismo do poeta Blaise Cendrars realizada em São Paulo, em junho de 1924.
Carnaval em Madureira: Tarsila veio de Paris e passou o carnaval de 1924 no Rio de Janeiro. É curioso ver que ela colocou a famosa Torre Eiffel no meio da favela carioca.
A Cuca: Tarsila pintou este quadro no começo de 1924 e escreveu à sua filha dizendo que estava fazendo uns quadros “bem brasileiros”, e a descreveu como “um bicho esquisito, no meio do mato, com um sapo, um tatu, e outro bicho inventado”. Este quadro é também considerado um prenúncio da Antropofagia na obra de Tarsila e foi doado por ela ao Museu de Grenoble na França.
O Pescador: Este quadro tem um colorido excepcional e trata de um tema bem brasileiro: um pescador num lago em meio a uma pequena vila com casinhas e vegetação típica. Este quadro foi 8 exposto em Moscou, na Rússia em 1931 e foi comprado pelo governo russo.
Religião Brasileira: Certa vez Tarsila chegou de viagem da Europa, desembarcou no porto de Santos e foi comprar doces caseiros em uma casinha bem simples de pescadores. Ao entrar observou um pequeno altar com vários santinhos, enfeitados por vasinhos e flores de papel crepom. Achou aquilo tão pitoresco e pintou esta maravilhosa tela.
Manacá: Linda tela, com um colorido forte. Esta flor é representada por Tarsila de uma maneira particular, bem típica da obra dela.
Abaporu: Este é o quadro mais importante já produzido no Brasil. Tarsila pintou um quadro para dar de presente para o escritor Oswald de Andrade, seu marido na época. Quando viu a tela, assustou-se e chamou seu amigo, o também escritor Raul Bopp. Ficaram olhando aquela figura estranha e acharam que ela representava algo de excepcional. Tarsila lembrou-se então de seu dicionário tupi-guarani e batizaram o quadro como Abaporu (o homem que come). Foi aí que Oswald escreveu o Manifesto Antropófago e criaram o Movimento Antropofágico, com a intenção de “deglutir” a cultura européia e transformá-la em algo bem brasileiro. Este Movimento, apesar de radical, foi muito importante para a arte brasileira e significou uma síntese do Movimento Modernista brasileiro, que queria modernizar a nossa cultura, mas de um modo bem brasileiro. O “Abaporu” foi a tela mais cara vendida até hoje no Brasil, alcançando o valor de US$1.500.000. Foi comprada pelo colecionador argentino Eduardo Costantini.
O Lago: Maravilhosa tela da fase Antropofágica, com o colorido e o tema tão típicos de Tarsila. Seu sobrinho Sérgio comprou a tela e permaneceu com ela por muitos anos.
O Ovo ou Urutu: Nesta tela temos símbolos muito importantes da Antropofagia. A cobra grande é um bicho que assusta e tem um poder de “degluti- ção”. A partir daí, o ovo é uma gênese, o nascimento de algo novo e esta era a proposta da Antropofagia. Esta tela pertence ao importante acervo de Gilberto Chateaubriand e está sempre sendo exibida em grandes exposições.
A Lua: Este quadro era o preferido de Oswald de Andrade, seu marido quando pintou a tela. Ele conservou o quadro até sua morte (mesmo já separado de Tarsila).
Cartão Postal: Vemos a lindíssima cidade do Rio de Janeiro nesta tela, que é o maior Cartão Postal do Brasil. O macaco é um bicho Antropofágico de Tarsila que compõe a tela.
Antropofagia: Nesta tela temos a junção do “Abaporu” com “A Negra”. Este aparece invertido em relação ao quadro original. Trata-se de uma das telas mais significativas de Tarsila e o colecionador Eduardo Costantini, dono do “Abaporu”, está muito interessado no quadro e já ofereceu uma soma muito alta por ele (que foi recusada pelos atuais donos).
Livros
TARSILA DO AMARAL
Formato: Livro
Autor: BRAGA, ANGELA
Autor: REGO, LIGIA MARIA DA SILVA
Editora: MODERNA EDITORA
Ano: 1998
TARSILA DO AMARAL
Formato: Livro
Autor: AMARAL, ARACY
Editora: ACTAR – USA
Assunto: ARTES – ACERVOS E CATÁLOGOS
TARSILA DO AMARAL
Formato: Livro
Coleção: CADERNO DE DESENHO
Autor: RODRIGUES, ANTONIO CARLOS
Organizador: ELUF, LYGIA
Editora: IMESP
Assunto: ARTES – DESENHO
TARSILA DO AMARAL
Formato: Livro
Coleção: BIOGRAFIAS BRASILEIRAS
Autor: SANTA ROSA, NEREIDE SCHILARO
Editora: CALLIS
Assunto: INFANTO-JUVENIS – ARTES E OFÍCIOS
TARSILA DO AMARAL
Formato: Livro
Autor: AMARAL, ARACY A.
Editora: FINAMBRAS
Assunto: ARTES
TARSILA DO AMARAL
A PRIMEIRA DAMA DA ARTE BRASILEIRA
Formato: Livro
Coleção: APRENDENDO COM ARTE, V.1
Autor: AZEVEDO, HELOIZA DE AQUINO
Editora: MECA
Assunto: INFANTO-JUVENIS – ARTES E OFÍCIOS
TARSILA DO AMARAL – A MODERNISTA
Formato: Livro
Autor: GOTLIB, NADIA BATTELLA
Editora: SENAC SAO PAULO
Assunto: ARTES
BRINCANDO COM ARTE – TARSILA DO AMARAL
Formato: Livro
Coleção: BRINCANDO COM ARTE
Organizador: BRAGA-TORRES, ANGELA
Editora: NOOVHA AMERICA
Assunto: INFANTO-JUVENIS – ARTES E OFÍCIOS
CORRESPONDENCIA MARIO DE ANDRADE TARSILA DO AMARAL
Formato: Livro
Coleção: CORRESPONDENCIA
Autor: ANDRADE, MARIO DE
Organizador: AMARAL, ARACY A.
Editora: EDUSP
Assunto: BIOGRAFIAS/AUTOBIOGRAFIAS/DIÁRIOS/MEMÓRIAS/CARTAS
O ANEL MAGICO DA TIA TARSILA
Formato: Livro
Autor: AMARAL, TARSILA DO (1964-)
Editora: CIA DAS LETRINHAS
Assunto: INFANTO-JUVENIS – LITERATURA INFANTIL
AI VAI MEU CORAÇAO – CARTAS DE TARSILA DO AMARAL E
ANNA MARIA MARTINS PARA LUIS MARTINS
Formato: Livro
Autor: MARTINS, ANA LUISA (1953-)
Editora: PLANETA DO BRASIL
Assunto: BIOGRAFIAS/AUTOBIOGRAFIAS/DIÁRIOS/MEMÓRIAS/CARTAS
CRONICAS E OUTROS ESCRITOS DE TARSILA DO AMARAL
Formato: Livro
Organizador: BRANDINI, LAURA TADDEI
Editora: UNICAMP
Assunto: LITERATURA BRASILEIRA – CONTOS E CRÔNICAS
UMA AVENTURA NO MUNDO DE TARSILA
Formato: Livro
Coleção: LER ARTE
Autor: DUARTE, NEIDE
Editora: EDITORA DO BRASIL -D
Assunto: INFANTO-JUVENIS – LITERATURA INFANTIL
CATALOGO RAISONNE – TARSILA DO AMARAL, 3 VOLUMES
EDIÇAO BILINGUE – PORTUGUES/INGLES
Formato: Livro
Organizador: SATURNI, MARIA EUGENIA
Editora: BASE 7
Assunto: ARTES
A INFANCIA DE TARSILA DO AMARAL
Formato: Livro
Autor: CARUSO, CARLA
Editora: CALLIS
Assunto: INFANTO-JUVENIS – ARTES E OFÍCIOS
CONTANDO A ARTE DE TARSILA DO AMARAL
Formato: Livro
Coleção: CONTANDO A ARTE
Autor: TORRES, SYLVIA
Editora: NOOVHA AMERICA
Assunto: INFANTO-JUVENIS – ARTES E OFÍCIOS
ENCONTRO COM TARSILA
Formato: Livro
Coleção: ENCONTRO COM A ARTE BRASILEIRA
Autor: ACEDO, ROSANE
Autor: ARANHA, CECILIA
Editora: FORMATO
Assunto: INFANTO-JUVENIS – ARTES E OFÍCIOS
TARSILA POR TARSILA
Formato: Livro
Autor: AMARAL, TARSILA DO (1964-)
Editora: CELEBRIS
Assunto: ARTES
Exposições Individuais
1926 - Paris (França) - Individual, na Galerie Percier
1928 - Paris (França) - Individual, na Galerie Percier
1929 - Rio de Janeiro RJ - Primeira individual no Brasil, no Palace Hotel
1931 - Moscou (Rússia) - Individual, no Museu de Arte Moderna Ocidental
1933 - Rio de Janeiro RJ - Tarsila do Amaral: retrospectiva, no Palace Hotel
1936 - São Paulo SP - Individual, no Palácio das Arcadas
1950 - São Paulo SP - Tarsila 1918-1950, no MAM/SP
1961 - São Paulo SP - Individual, na Casa do Artista Plástico
1967 - São Paulo SP - Individual, na Tema Galeria de Arte
1969 - Rio de Janeiro RJ - Tarsila: 50 anos de pintura, no MAM/RJ
1969 - São Paulo SP - Tarsila: 50 anos de pintura, no MAC/USP
1970 - Belo Horizonte MG - Tarsila do Amaral, no MAP
Exposições Coletivas
1922 - Paris (França) - Salon Officiel des Artistes Français
1922 - São Paulo SP - 1ª Exposição Geral de Belas Artes, no Palácio das Indústrias
1923 - Paris (França) - Exposição de Artistas Brasileiros, na Maison de l'Amérique Latine
1926 - Paris (França) - Salon des Indépendants
1928 - Paris (França) - Salon des Indépendants
1929 - Paris (França) - Salon des Surindépendants
1930 - Nova York (Estados Unidos) - The First Representative Collection of Paintings by Brazilian Artists no Internacional Art Center, no Nicholas Roerich Museum
1930 - Recife PE - Exposition de l'École de Paris
1930 - Rio de Janeiro RJ - Exposition de l'École de Paris
1930 - São Paulo SP - Exposição de uma Casa Modernista
1930 - São Paulo SP - Exposition de l'École de Paris
1931 - Paris (França) - Salon des Surindépendants
1931 - Rio de Janeiro RJ - Salão Revolucionário, na Enba
1931 - Rio de Janeiro RJ - Exposição na Primeira Casa Modernista do Rio de Janeiro, na Rua Toneleros
1933 - São Paulo SP - 1ª Exposição de Arte Moderna da SPAM, no Palacete Campinas
1934 - São Paulo SP - 1º Salão Paulista de Belas Artes, na Rua 11 de Agosto
1937 - São Paulo SP - 1º Salão de Maio, no Esplanada Hotel
1938 - São Paulo SP - 2º Salão de Maio, no Esplanada Hotel
1939 - Nova York (Estados Unidos) - Exposição Latino-Americana de Artes Plásticas, no Riverside Museum
1939 - São Paulo SP - 3º Salão de Maio, na Galeria Itá
1941 - São Paulo SP - 1º Salão de Arte da Feira Nacional de Indústrias, no Parque da Água Branca
1944 - Belo Horizonte MG - Exposição de Arte Moderna, no Edifício Mariana
1944 - Londres (Inglaterra) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, na Royal Academy of Arts
1944 - Norwich (Inglaterra) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, no Norwich CastleMuseum
1944 - Rio de Janeiro RJ - Pintores Norte-Americanos e Brasileiros
1944 - São Paulo SP - Exposição de Pintura Moderna Brasileiro-Norte-Americana, na Galeria Prestes Maia
1945 - Baht (Inglaterra) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, na Victory Art Gallery
1945 - Bristol (Inglaterra) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, no Bristol City Museum & Art Gallery
1945 - Buenos Aires (Argentina) - 20 Artistas Brasileños, no Salones Nacionales de Exposición
1945 - Edimburgo (Escócia) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, na National Gallery of Scotland
1945 - Glasgow (Escócia) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, na Kelingrove Art Gallery
1945 - La Plata (Argentina) - 20 Artistas Brasileños, no Museo Provincial de Bellas Artes
1945 - Manchester (Inglaterra) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, na Manchester Art Gallery
1945 - Montevidéu (Uruguai) - 20 Artistas Brasileños, na Comisión Municipal de Cultura
1945 - Santiago (Chile) - 20 Artistas Brasileños, no Salones Nacionales de Exposición, na Universidad de Santiago
1946 - Santiago (Chile) - Exposición de Pintura Contemporánea Brasileña, na Universidad de Chile
1946 - Valparaíso (Chile) - Exposición de Pintura Contemporánea Brasileña, na Universidad de Chile
1947 - São Paulo SP - Galeria Domus: mostra inaugural
1951 - São Paulo SP - 1ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão do Trianon - prêmio aquisição e 2º prêmio nacional de pintura
1952 - Rio de Janeiro RJ - Exposição de Artistas Brasileiros, no MAM/RJ
1952 - Santiago (Chile) - Exposición de Pintura, Dibujos y Grabados Contemporáneos del Brasil, no Museo de Arte Contemporáneo de la Universidad de Chile
1952 - São Paulo SP - Exposição Comemorativa da Semana de Arte Moderna de 1922, no MAM/SP
1953 - São Paulo SP - 2ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão dos Estados
1954 - São Paulo SP - Arte Contemporânea: exposição do acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo, no MAM/SP
1955 - Pittsburg (Estados Unidos) - The 1955 Pittsburgh International Exhibition of Contemporary Painting, no Departament of Fine Arts, Carnegie Institute
1956 - São Paulo SP - 50 Anos de Paisagem Brasileira, no MAM/SP
1957 - Buenos Aires (Argentina) - Arte Moderno en Brasil, no Museo Nacional de Bellas Artes
1957 - Lima (Peru) - Arte Moderno en Brasil, no Museo de Arte de Lima
1957 - Rosário (Argentina) - Arte Moderno en Brasil, no Museo Municipal de Bellas Artes Juan B. Castagnino
1957 - Santiago (Chile) - Arte Moderno en Brasil, no Museo de Arte Contemporáneo
1959 - Rio de Janeiro RJ - 30 Anos de Arte Brasileira, na Enba
1960 - São Paulo SP - Contribuição da Mulher às Artes Plásticas no País, no MAM/SP
1962 - São Paulo SP - Seleção de Obras de Arte Brasileira da Coleção Ernesto Wolf, no MAM/SP
1963 - Campinas SP - Pintura e Escultura Contemporâneas, no Museu Carlos Gomes
1963 - São Paulo SP - 7ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal - sala especial
1964 - Rio de Janeiro RJ - O Nu na Arte Contemporânea, na Galeria Ibeu Copacabana
1964 - Veneza (Itália) - 32ª Bienal de Veneza
1966 - Austin (Estados Unidos) - Art of Latin America since Independence, na The University of Texas at Austin. Archer M. Huntington Art Gallery
1966 - New Haven (Estados Unidos) - Art of Latin America since Independence, na na The Yale University Art Gallery
1966 - New Orleans (Estados Unidos) - Art of Latin America since Independence, no Isaac Delgado Museum of Art
1966 - Rio de Janeiro RJ - Auto-Retratos, na Galeria Ibeu Copacabana
1966 - San Diego (Estados Unidos) - Art of Latin America since Independence, no La Jolla Museum of Art
1966 - San Francisco (Estados Unidos) - Art of Latin America since Independence, no San Francisco art Museum
1966 - São Paulo SP - Meio Século de Arte Nova, no MAC/USP
1966 - Belo Horizonte MG - Exposição Circulante de Obras do Acervo do MAC/USP, no Museu de Arte da Prefeitura de Belo Horizonte
1966 - Curitiba PR - Exposição Circulante de Obras do Acervo do MAC/USP
1966 - Porto Alegre RS - Exposição Circulante de Obras do Acervo do MAC/USP, no Museu de Arte do Rio Grande do Sul
1967 - Nova York (Estados Unidos) - Precursors of Modernism in Latin America, no Inter American Art Center
1968 - São Paulo SP - Coleção Tamagni, no MAM/SP
1970 - Rio de Janeiro RJ - 8º Resumo de Arte JB
1970 - São Paulo SP - Mostra inaugural, na Galeria Astréia
1972 - São Paulo SP - 2ª Exposição Internacional de Gravura, no MAM/SP
1972 - São Paulo SP - A Semana de 22: antecedentes e conseqüências, no Masp
1972 - São Paulo SP - Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois, na Galeria Collectio.
Exposições Póstumas
1973 - São Paulo SP - 12ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal - sala especial
1974 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Raquel Arnaud Babenco e Mônica Filgueiras de Almeida
1974 - São Paulo SP - Tempo dos Modernistas, no Masp
1975 - São Paulo SP - 13ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1975 - São Paulo SP - Exposição SPAM e CAM, no Museu Lasar Segall
1975 - São Paulo SP - O Modernismo de 1917 a 1930, no Museu Lasar Segall
1976 - Paris (França) - Brasil: artistas do século XX, no Artcurial/Centre d'Art Plastique Contemporain
1976 - São Paulo SP - Arte Brasileira Século XX: caminhos e tendências, na Galeria de Arte Global
1976 - São Paulo SP - Os Salões: da Família Artística Paulista, de Maio e do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo, no Museu Lasar Segall
1976 - São Paulo SP - Arte Brasileira: figuras e movimentos, na Galeria Arte Global
1978 - Belo Horizonte MG - Tarsila do Amaral, na Galeria Guignard
1978 - São Paulo SP - A Paisagem na Coleção da Pinacoteca: Do Século XIX aos Anos 40, na Pinacoteca do Estado
1979 - São Paulo SP - Desenhos dos Anos 40: homenagem a Sérgio Milliet, na Biblioteca Mário de Andrade
1979 - São Paulo SP -15ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1980 - Rio de Janeiro RJ - Homenagem a Mário Pedrosa, na Galeria Jean Boghici
1980 - Santiago (Chile) - 20 Pintores Brasileños, na Academia Chilena de Bellas Artes
1980 - São Paulo SP - A Paisagem Brasileira: 1650-1976, no Paço das Artes
1981 - Rio de Janeiro RJ - Do Moderno ao Contemporâneo: Coleção Gilberto Chateaubriand, no MAM/RJ
1982 - Lisboa (Portugal) - Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão
1982 - Lisboa (Portugal) - Do Moderno ao Contemporâneo: Coleção Gilberto Chateaubriand, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão
1982 - Londres (Reino Unido) - Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, na Barbican Art Gallery
1982 - Penápolis SP - 5º Salão de Artes Plásticas da Noroeste, na Fundação Educacional de Penápolis. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis
1982 - São Paulo SP - Do Modernismo à Bienal, no MAM/SP
1983 - Rio de Janeiro RJ - Auto-Retratos Brasileiros, na Galeria de Arte Banerj
1984 - Fortaleza CE - 7º Salão Nacional de Artes Plásticas
1984 - Rio de Janeiro RJ - 7º Salão Nacional de Artes Plásticas - Salão de 31, no MAM/RJ
1984 - Rio de Janeiro RJ - Salão de 31, na Funarte
1984 - São Paulo SP - Coleção Gilberto Chateaubriand: retrato e auto-retrato da arte brasileira, no MAM/SP
1984 - São Paulo SP - Grandes Obras, no Studio José Duarte de Aguiar
1984 - São Paulo SP - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal
1985 - Rio de Janeiro RJ - Desenhos de Tarsila do Amaral, na Acervo Galeria de Arte
1985 - Rio de Janeiro RJ - Retrato do Colecionador na sua Coleção, na Galeria de Arte Banerj
1985 - Rio de Janeiro RJ - Rio: vertente surrealista, na Galeria de Arte Banerj
1985 - São Paulo SP - Rio: vertente surrealista, no MAC/USP
1985 - Curitiba PR - Rio: vertente surrealista, no Museu Guido Viaro
1985 - Porto Alegre RS - Rio: vertente surrealista, no Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli
1985 - Rio de Janeiro RJ - Tarsila do Amaral: desenhos, na Acervo Galeria de Arte
1985 - São Paulo SP - 100 Obras Itaú, no Masp
1985 - São Paulo SP - Individual, na Secretaria Municipal da Cultura. Departamento de Bibliotecas Públicas
1986 - Porto Alegre RS - Caminhos do Desenho Brasileiro, no Margs - sala destaque
1986 - São Paulo SP - Tarsila 1886-1986, no MAC/USP
1987 - Indianápolis (Estados Unidos) - Art of The Fantastic Latin-America: 1920-1987, no Indianapolis Museum of Art
1987 - Nova York (Estados Unidos) - Art of The Fantastic Latin-America: 1920-1987, no The Queens Museum
1987 - Paris (França) - Modernidade: arte brasileira do século XX, no Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris
1987 - Rio de Janeiro RJ - Ao Colecionador: homenagem a Gilberto Chateaubriand , no MAM/RJ
1987 - São Paulo SP - 19ª Bienal Internacional de São Paulo - Imaginários Singulares, na Fundação Bienal
1987 - São Paulo SP - As Bienais no Acervo do MAC: 1951 a 1985, no MAC/USP
1987 - São Paulo SP - O Ofício da Arte: pintura, no Sesc
1987 - São Paulo SP - Tarsila: desenhos de 1922 a 1952, na Studio José Duarte de Aguiar e Ricardo Camargo
1988 - Cidade do México (México) - Art of The Fantastic Latin-America: 1920-1987, no Centro Cultural/Arte Contemporáneo
1988 - Miami (Estados Unidos) - Art of The Fantastic Latin-America: 1920-1987, no Center for the Fine Arts
1988 - São Paulo SP - MAC 25 anos: destaques da coleção inicial, no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo
1988 - São Paulo SP - Modernidade: arte brasileira do século XX, no MAM/SP
1989 - Lisboa (Portugal) - Seis Décadas de Arte Moderna Brasileira: Coleção Roberto Marinho, na Fundação Calouste Gulbenkian. Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão
1989 - São Bernardo do Campo SP - Visões da Borda do Campo, na Marusan Galeria de Arte
1990 - São Paulo SP - A Coleção de Arte do Município de São Paulo, no Masp
1991 - Estocolmo (Suécia) - Viva Brasil Viva, no Kulturhuset, Konstavdelningen och Liljevalchs Konsthall
1992 - Las Palmas de Gran Canaria (Ilhas Canárias) - Vocês de Ultramar, Arte en América Latina y Canarias 1910-1960, no Centro Atlántico de Arte Moderno
1992 - Madri (Espanha) - Vocês de Ultramar, Arte en América Latina y Canarias 1910-1960, na Casa de América
1992 - Paris (França) - Latin American Artists of the Twentieth Century, no Centre Georges Pompidou
1992 - Poços de Caldas MG - Arte Moderna Brasileira: acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, na Casa da Cultura de Poços de Caldas
1992 - Rio de Janeiro RJ - 1º A Caminho de Niterói: Coleção João Sattamini, no Paço Imperial
1992 - Rio de Janeiro RJ - Natureza: quatro séculos de arte no Brasil, no CCBB
1992 - São Paulo SP - O Olhar de Sérgio sobre a Arte Brasileira: desenhos e pinturas, na Biblioteca Municipal Mário de Andrade
1992 - São Paulo SP - A Formação do olhar modernista, no MAC/USP
1992 - Sevilha (Espanha) - Latin American Artists of the Twentieth Century, na Estación Plaza de Armas
1992 - Zurique (Suíça) - Brasilien: entdeckung und selbstentdeckung, no Kunsthaus
1993 - Colônia (Alemanha) - Latin American Artists of the Twentieth Century, no Kunsthalle Cologne
1993 - Nova York (Estados Unidos) - Latin American Artists of the Twentieth Century, no MoMA
1993 - Poços de Caldas MG - Coleção Mário de Andrade: o modernismo em 50 obras sobre papel, na Casa da Cultura de Poços de Caldas
1993 - Rio de Janeiro RJ - Brasil, 100 Anos de Arte Moderna, no MNBA
1993 - Rio de Janeiro RJ - Emblemas do Corpo: o nu na arte moderna brasileira, no CCBB
1993 - São Paulo SP - 100 Obras-Primas da Coleção Mário de Andrade: pintura e escultura, no IEB/USP
1993 - São Paulo SP - A Arte Brasileira no Mundo, uma Trajetória: 24 artistas brasileiros, na Dan Galeria
1993 - São Paulo SP - O Desenho Moderno no Brasil: Coleção Gilberto Chateaubriand, na Galeria de Arte do Sesi
1993 - São Paulo SP - O Modernismo no Museu de Arte Brasileira: pintura, no MAB/Faap
1993 - São Paulo SP - Sempre Tarsila, na Rua Guararapes, 78
1994 - Poços de Caldas MG - Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos de Unibanco, na Casa da Cultura de Poços de Caldas
1994 - Rio de Janeiro RJ - O Desenho Moderno no Brasil: Coleção Gilberto Chateubriand, no MAM/RJ
1994 - Rio de Janeiro RJ - Trincheiras: arte e política no Brasil, no MAM/RJ
1994 - São Paulo SP - A Aventura Modernista: Coleção Gilberto Chateaubriand no acervo do MAM/RJ, na Galeria de Arte do Sesi
1994 - São Paulo SP - Arte Moderna Brasileira: uma seleção da Coleção Roberto Marinho, no Masp
1994 - São Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal
1995 - Brasília DF - Coleções de Brasília, no Ministério das Relações Exteriores. Palácio do Itamaraty
1995 - Rio de Janeiro RJ - Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos do Unibanco, no MAM/RJ
1995 - São Paulo SP - Modernismo Paris Anos 20: vivências e convivências, no MAC/USP
1996 - São Paulo SP - Arte Brasileira: 50 anos de história no acervo MAC/USP 1920-1970, no MAC/USP
1996 - São Paulo SP - Ex Libris/Home Page, no Paço das Artes
1996 - São Paulo SP - Figura e Paisagem no Acervo do MAM: homenagem a Volpi, no MAM/SP
1996 - São Paulo SP - Mulheres Artistas no Acervo do MAC, no MAC/USP
1997 - Barcelona (Espanha) - Tarsila, Frida, Amélia: Tarsila do Amaral, Frida Kahlo, Amélia Peláez, no Centro Cultural de la Fundación la Caixa
1997 - Barra Mansa RJ - O Museu Visita a Galeria, no Centro Universitário de Barra Mansa
1997 - Madri (Espanha) - Tarsila, Frida, Amélia: Tarsila do Amaral, Frida Kahlo, Amélia Peláez, na Sala de Esposiciones da la Fundación la Caixa
1997 - São Paulo SP - Apropriações Antropofágicas, no Itaú Cultural
1997 - São Paulo SP - Mário de Andrade e o Grupo Modernista, no Centro Cultural e de Estudos Aúthos Paganos
1997 - São Paulo SP - Tarsila Anos 20, na Galeria de Arte do Sesi
1998 - Brasília DF - Brasileiro que nem Eu, que nem Quem?, no Ministério das Relações Exteriores
1998 - Rio de Janeiro RJ - A Coleção Constantini no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, no MAM/RJ
1998 - Rio de Janeiro RJ - Imagens Negociadas: retratos da elite brasileira, no CCBB
1998 - São Paulo SP - 24ª Bienal Internacional de São Paulo - Núcleo Histórico: antropofagia e histórias de canibalismo, na Fundação Bienal
1998 - São Paulo SP - A Coleção Constantini no MAM, no MAM/SP
1998 - São Paulo SP - Coleção MAM Bahia: pinturas, no MAM/SP
1998 - São Paulo SP - Destaques da Coleção Unibanco, no Instituto Moreira Salles
1998 - São Paulo SP - O Colecionador, no MAM/SP
1998 - São Paulo SP - O Moderno e o Contemporâneo na Arte Brasileira: Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM/RJ, no Masp
1999 - Niterói RJ - Mostra Rio Gravura. Acervo Banerj, no Museu do Ingá
1999 - Porto Alegre RS - 2ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul, na Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul
1999 - Porto Alegre RS - Picasso, Cubismo e América Latina, no Margs
1999 - São Paulo SP - A Figura Feminina no Acervo do MAB, no MAB/Faap
1999 - São Paulo SP - Brasileiro que nem Eu, que nem Quem?, na Faap
1999 - São Paulo SP - Cotidiano/Arte. O Consumo, no Itaú Cultural
1999 - São Paulo SP - O Brasil no Século da Arte, na Galeria de Arte do Sesi
1999 - São Paulo SP - Obras sobre Papel: do modernismo à abstração, na Dan Galeria
1999 - São Paulo SP - Sobre Papel, Grafite e Nanquim, no Espaço Cultural Banco Cidade
2000 - Brasília DF - Exposição Brasil Europa: encontros no século XX, no Conjunto Cultural da Caixa
2000 - Caracas (Venezuela) - Território Comum, Miradas Diversas: artistas latinoamericanos em el siglo XX, no Espacios Unión
2000 - Lisboa (Portugal) - Brasil-brasis: cousas notaveis e espantosas. Olhares Modernistas, no Museu do Chiado
2000 - Lisboa (Portugal) - Século 20: arte do Brasil, na Fundação Calouste Gulbenkian. Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão
2000 - Rio de Janeiro RJ - Quando o Brasil era Moderno: artes plásticas no Rio de Janeiro de 1905 a 1960, no Paço Imperial
2000 - São Paulo SP - A Figura Feminina no Acervo do MAB, no MAB/Faap
2000 - São Paulo SP - A Figura Humana na Coleção Itaú, no Itaú Cultural
2000 - São Paulo SP - Brasil + 500 Mostra do Redescobrimento. Arte Moderna, na Fundação Bienal
2000 - São Paulo SP - Brasil Sobre Papel: matizes e vivências, no Espaço de Artes Unicid
2000 - São Paulo SP - São Paulo: de vila a metrópole, na Galeria Masp Prestes Maia
2000 - São Paulo SP - Um Certo Ponto de Vista: Pietro Maria Bardi 100 anos, na Pinacoteca do Estado
2000 - Valência (Espanha) - De la Antropofagia a Brasilía: Brasil 1920-1950, no IVAM. Centre Julio Gonzáles
2001 - Nova York (Estados Unidos) - Brazil: bodysoul, no Solomon R. Guggenheim Museum
2001 - Rio de Janeiro RJ - Coleções do Moderno: Hecilda e Sergio Fadel na Chácara do Céu, no Museus Castro Maya Museu da Chácara do Céu
2001 - Rio de Janeiro RJ - Surrealismo, no CCBB
2001 - São Paulo SP - 30 Mestres da Pintura no Brasil, no Masp
2001 - São Paulo SP - Museu de Arte Brasileira: 40 anos, no Museu de Arte Brasileira
2001 - São Paulo SP - Trajetória da Luz na Arte Brasileira, no Itaú Cultural
2002 - Brasília DF - JK - Uma Aventura Estética, no Conjunto Cultural da Caixa
2002 - Niterói RJ - Arte Brasileira sobre Papel: séculos XIX e XX, no Solar do Jambeiro
2002 - Rio de Janeiro RJ - Arquipélagos: o universo plural do MAM, no MAM/RJ
2002 - Rio de Janeiro RJ - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2002 - Rio de Janeiro RJ - Identidades: o retrato brasileiro na Coleção Gilberto Chateaubriand, no MAM/RJ
2002 - São Paulo SP - 22 e a Idéia do Moderno, no MAC/SP
2002 - São Paulo SP - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2002 - São Paulo SP - Da Antropofagia a Brasília: Brasil 1920-1950, no MAB/SP
2002 - São Paulo SP - Espelho Selvagem: arte moderna no Brasil da primeira metade do século XX, Coleção Nemirovsky, no MAM/SP
2002 - São Paulo SP - Imagem e Identidade: um olhar sobre a história na coleção do Museu de Belas Artes, no Instituto Cultural Banco Santos
2002 - São Paulo SP - Modernismo: da Semana de 22 à seção de arte de Sérgio Milliet, no CCSP
2002 - São Paulo SP - No Tempo dos Modernistas: D. Olivia Penteado, a senhora das artes, no Museu de Arte Brasileira
2002 - São Paulo SP - Tesouros da Caixa: mostra do acervo artístico da Caixa, no Conjunto Cultural da Caixa
2002 - São Paulo SP - Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti: mito e realidade no modernismo brasileiro, no MAM/SP
2003 - Belém PA - 22º Salão Arte Pará, no Museu de Arte do Paraná
2003 - Brasília DF - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2003 - Ribeirão Preto SP - Anos 20: A Modernidade Emergente, no Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi
2003 - Rio de Janeiro RJ - Autonomia do Desenho, no MAM/RJ
2003 - Rio de Janeiro RJ - Tesouros da Caixa: arte moderna brasileira no acervo da Caixa, no Conjunto Cultural da Caixa
2003 - São Paulo SP - Arte e Sociedade: uma relação polêmica, no Itaú Cultural
2003 - São Paulo SP - Arteconhecimento: 70 anos USP, no MAC/USP
2003 - São Paulo SP - MAC USP 40 Anos: interfaces contemporâneas, no MAC/IUSP
2003 - São Paulo SP - Novecento Sudamericano: relações artísticas entre Itália, Argentina, Brasil e Uruguai, na Pinacoteca do Estado de São Paulo
2003 - São Paulo SP - Retratos, no MAB/SP
2003 - São Paulo SP - Tomie Ohtake na Trama Espiritual da Arte Brasileira, no Instituto Tomie Ohtake
2004 - Brasília DF - O Olhar Modernista de JK, no Ministério das Relações Exteriores. Palácio do Itamaraty
2004 - Curitiba PR - Tomie Ohtake na Trama Espiritual da Arte Brasileira, no Museu Oscar Niemeyer
2004 - Kyoto (Japão) - Brazil: body nostalgia, no National Museum of Modern Art
2004 - Madri (Espanha) - Arco/2004, no Parque Ferial Juan Carlos I
2004 - Rio de Janeiro RJ - A Face Icônica da Arte Brasileira, no MAM/RJ
2004 - Rio de Janeiro RJ - O Século de um Brasileiro: Coleção Roberto Marinho, no Paço Imperial
2004 - Rio de Janeiro RJ - Tomie Ohtake na Trama Espiritual da Arte Brasileira, no MNBA
2004 - São Paulo SP - As Bienais: um olhar sobre a produção brasileira 1951/2002, na Galeria Bergamin
2004 - São Paulo SP - Gabinete de Papel, no CCSP
2004 - São Paulo SP - Mestres do Modernismo, na Estação Pinacoteca
2004 - São Paulo SP - Mulheres Pintoras, na Pinacoteca do Estado
2004 - São Paulo SP - Novas Aquisições: 1995 - 2003, no Museu de Arte Brasileira - FAAP
2004 - São Paulo SP - O Preço da Sedução: do espartilho ao silicone, no Itaú Cultural
2004 - São Paulo SP - Plataforma São Paulo 450 Anos, no MAC/USP
2004 - Tóquio (Japão) - Brazil: body nostalgia, no The National Museum of Modern Art
2005 - São Paulo SP - Faces de Mário, no IEB/USP
2005 - São Paulo SP - O Século de um Brasileiro: Coleção Roberto Marinho, no MAM/USP
2005 - São Paulo SP - 100 Anos da Pinacoteca: a formação de um acervo, na Galeria de Arte do Sesi
2005 - Fortaleza CE - Arte Brasileira: nas coleções públicas e privadas do Ceará, no Espaço Cultural Unifor
2005 - Paris (França) - Tarsila do Amaral: o nascimento do modernismo no Brasil, na Maison de l´Amérique Latine
2006 - São Paulo SP - Tarsila do Amaral na BM&F: percurso afetivo - 120 anos de nascimento, no Espaço Cultural BM&F
2006 - São Paulo SP - Ao Mesmo Tempo o Nosso Tempo, no Museu de Arte Moderna
2006 - São Paulo SP - MAM na Oca, na Oca
2006 - São Paulo SP - Manobras Radicais, no Centro Cultural Banco do Brasil
2006 - São Paulo SP - O Olhar Modernista de JK, no MAB-FAAP
2006 - São Paulo SP - Sérgio Milliet e as Bienais, no Centro Cultural São Paulo. Divisão de Artes Plásticas
2006 - São Paulo SP - Um Século de Arte Brasileira - Coleção Gilberto Chateaubriand, na Pinacoteca do Estado
2006 - São Paulo SP - Viva Cultura Viva do Povo Brasileiro, no Museu Afro Brasil
2006 - Belém PA - Traços e Transições da Arte Contemporânea Brasileira, no Espaço Cultural Casa das Onze Janelas
2006 - Florianópolis SC - Traços do Acervo Caixa, no Museu de Arte de Santa Catarina
2006 - Rio de Janeiro RJ - Um Século de Arte Brasileira - Coleção Gilberto Chateaubriand, no Museu de Arte Moderna
2007 - São Paulo SP - Arte-Antropologia, no MAC/USP
2007 - São Paulo SP - Mirada: latino-americanos do MAC USP no Memorial, na Galeria Marta Traba
2007 - Curitiba PR - Um Século de Arte Brasileira - Coleção Gilberto Chateaubriand, no Museu Oscar Niemeyer
2007 - Salvador BA - Um Século de Arte Brasileira - Coleção Gilberto Chateaubriand, no Museu de Arte Moderna da Bahia
2008 - São Paulo SP - Brasil Brasileiro, no Centro Cultural Banco do Brasil
2008 - São Paulo SP - Laços do Olhar, no Instituto Tomie Ohtake
2008 - São Paulo SP - MAM 60, na Oca
2008 - Buenos Aires (Argentina) - Tarsila Viajante, no Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires
2008 - São Paulo SP - Tarsila Viajante, na Pinacoteca do Estado
2009 - São Paulo SP - Arte na França 1860-1960: o Realismo, no Museu de Arte de São Paulo
2009 - São Paulo SP - Fernand Léger: relações e amizades brasileiras, na Pinacoteca do Estado
2009 - São Paulo SP - Memorial Revisitado: 20 anos, na Galeria Marta Traba
2009 - São Paulo SP - Nus, na Galeria Fortes Vilaça
2009 - São Paulo SP - Olhar da Crítica: Arte Premiada da ABCA e o Acervo Artístico dos Palácios, no Palácio dos Bandeirantes
2009 - São Paulo SP - Papéis em Destaque: mestres do século XX, na Dan Galeria
2009 - São Paulo SP - Tesouros da Coleção Roberto Marinho, no Espaço Cultural BM&FBovespa
2009 - Rio de Janeiro RJ - Brasil Brasileiro, no Centro Cultural Banco do Brasil
2009 - São Paulo SP - Sob Um Céu Tropical, na James Lisboa Escritório de Arte
2009 - Madri (Espanha) - Tarsila da Amaral, na Fundación Juan March
2009 - Rio de Janeiro RJ - Trabalhos em Papel, na Mercedes Viegas Escritório de Arte
2010 - São Paulo SP - Brasilidade e Modernismo, na Dan Galeria
2010 - São Paulo SP - Memórias Reveladas, no Museu de Arte Brasileira
2010 - São Paulo SP - Puras Misturas, no Pavilhão das Culturas Brasileiras
2010 - São Paulo SP - Versões do Modernismo, no Instituto de Arte Contemporânea
2010 - Ribeirão Preto SP - Animal, na Galeria de Arte Marcelo Guarnieri
2010 - Rio de Janeiro RJ - Genealogias do Contemporâneo, no Museu de Arte Moderna
2010 - São Paulo SP - 6ª Sp-arte, na Fundação Bienal
2010 - Vitória ES - Tarsila sobre Papel, no Museu de Arte do Espírito Santo
2011 - São Paulo SP - Modernismos no Brasil, no MAC/USP
2011 - São Paulo SP - Papéis Brasileiros: a arte da gravura - Coleção Masp, no Museu de Arte de São Paulo
2011 - São Paulo SP - Recortes de Coleções, na Galeria Ricardo Camargo
2011 - Belo Horizonte MG - 1911-2011 - Arte Brasileira e Depois, na Coleção Itaú, na Fundação Clóvis Salgado. Palácio das Artes
2011 - Brasília DF - Mulheres: Artistas e Brasileiras, no Palácio do Planalto
2011 - São Paulo SP - 7ª Sp-arte, na Fundação Bienal
2011 - Campos do Jordão SP - Arte e Cultura no Vale do Paraíba, no Palácio Boa Vista
2011 - Nova Lima MG - Tarsila e o Brasil dos Modernistas, na Casa Fiat de Cultura
2012 - São Paulo SP - Da Seção de Arte ao Prêmio Aquisição: a gênese do Gabinete do Desenho, no Gabinete do Desenho
2012 - São Paulo SP - O Retorno da Coleção Tamagni: até as estrelas por caminhos difíceis, no Museu de Arte Moderna de São Paulo
2012 - São Paulo SP - Percurso Afetivo, no CCBB
2013 - São Paulo SP - Experiência ] e [Transformação, no Museu de Arte Brasileira - FAAP
2013 - Campinas SP - 100 anos de Arte Paulista no Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo, na Galeria de Arte da CPFL Cultura
Bibliografia
AMARAL, Aracy. Tarsila: sua obra e seu tempo. 3. ed. rev. ampl. São Paulo: Edusp: Editora 34, 2003. 512 p., il. p&b.
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ANDRADE, Mário de ; AMARAL, Tarsila do. Correspondência Mário de Andrade & Tarsila do Amaral. Organização Aracy Amaral. São Paulo: Edusp: IEB, 2001. 237 p., il. p&b., 18 x 25 cm. (Correspondência de Mário de Andrade, 2).
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ZILIO, Carlos. A querela do Brasil: a questão da identidade da arte brasileira: a obra de Tarsila, Di Cavalcanti e Portinari: 1922-1945. 2. ed. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1997. 139 p., il. p&b., color.
[1] “Pau-brasil”; Oswald de Andrade, 1925.
In: “Tarsila: sua obra e seu tempo”; Aracy Amaral – Co-edição: Editora 34/EDUSP, São Paulo, 2003.
[2] “A Querela do Brasil; a questão da identidade da arte brasileira”; Carlos Zilio; Relume-Dumará; RJ, 1997.
[3] “Tarsila: sua obra e seu tempo”; Aracy A. Amaral – Co-edição: Editora 34/Edusp, São Paulo, 2003. Trata-se do mais importante ensaio crítico sobre Tarsila e um clássico dos estudos sobre o Modernismo, publicado pela primeira vez em 1975, após uma pesquisa de 10 anos ca. Aracy Amaral refaz, em 500+ páginas, o percurso biográfico da artista, destacando a década de 1920 e os movimentos Pau-brasil e Antropofagia. Um monumento!
Diz-nos Aracy: “Quando nos dedicamos a uma investigação sobre um artista ou sobre um tema, acabamos nos tornando um pouco ‘reféns’ do assunto em questão. Assim foi que, durante os últimos trinta anos, escrevi inúmeros textos sobre a artista, para simpósios e catálogos, além de organizar exposições sobre seu trabalho.”
[4] “Tarsila; Anos 20”; Sônia Salzstein et allis; Galeria de Arte do SESI; São Paulo, 1997.
[5] Aos 16 anos, pintou uma cópia de um “Sagrado Coração de Jesús”, recentemente leiloado pelo “James Lisboa, Escritório de Arte”.
Leia mais em www.tarsiladoamaral.com.br
[6] Pedro Alexandrino Borges (SP, 1856-1942) foi um pintor, desenhista, decorador e professor brasileiro. Foi discípulo de Almeida Júnior, em São Paulo, depois de cursar a Academia Imperial de Belas-Artes, no Rio de Janeiro onde foi aluno de José Maria de Medeiros, em desenho, e de Zeferino da Costa, em pintura. Em 1897 viajou a Paris, onde permaneceu nove anos. De volta ao Brasil, realizou individual com 110 quadros, 84 deles naturezas-mortas, gênero que o consagrou. Foi professor particular de alguns modernistas como Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Aldo Bonadei.
[7] João de Sousa Lima (São Paulo, 1898-1982) foi um conceituado pianista, compositor, maestro e professor brasileiro. Iniciou os estudos de piano com seu irmão, José Augusto e depois com Luigi Chiaffarelli, que considerou o jovem muito talentoso e ofereceu-lhe aulas gratuitas. Foi apresentado por um amigo ao doutor José Estanislau do Amaral, pai da pintora Tarsila do Amaral, cuja casa passou a freqüentar. Foi também freqüentador da casa do Senador José de Freitas Valle, chamada de Villa Kyrial, e que foi um importante centro da vida cultural paulistana. Por sua relação de amizade com o Senador, que também era presidente da “Comissão do Pensionato Artístico do Estado de São Paulo”, obteve uma bolsa de estudos viveu em Paris durante o período 1922-1935 ca.
Leia mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/JoC3A3o_de_Sousa_Lima
[8] A Revolta Paulista de 1924, também chamada de 'Revolução Esquecida', "Revolução do Isidoro", "Revolução de 1924" e de "Segundo 5 de julho", foi a segunda revolta tenentista; foi o maior conflito bélico já ocorrido na cidade de São Paulo. Comandada pelo general reformado Isidoro Dias Lopes, contou com a participação de vários tenentes, dentre os quais Joaquim do Nascimento Fernandes Távora (que faleceu na revolta), Juarez Távora, Miguel Costa, Eduardo Gomes, Índio do Brasil e João Cabanas.
Deflagrada na capital paulista em 5 de julho de 1924 (2º aniversário da Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, primeira revolta tenentista), a revolta ocupou a cidade por 23 dias, forçando o presidente do estado, Carlos de Campos, a fugir para o interior de São Paulo, depois de ter sido bombardeado o Palácio dos Campos Elíseos, sede do governo paulista na época.
No interior do estado de São Paulo aconteceram rebeliões em várias cidades, com tomada de prefeituras.
Os revoltosos entraram em contato com o vice-presidente do estado coronel Fernando Prestes de Albuquerque em Itapetininga convidando-o para assumir o governo revolucionário em São Paulo. O coronel Prestes que já organizara um batalhão em defesa da legalidade, na região da Estrada de Ferro Sorocabana, respondeu aos revoltosos...
[9] O pai conseguira a anulação do primeiro casamento em 1925.
[10] Abaporu é um quadro em pincel sobre tela da pintora brasileira Tarsila do Amaral. Hoje, é a tela brasileira mais valorizada no mundo, tendo alcançado o valor de US$ 1,5 milhão, pago pelo colecionador argentino Eduardo Costantini em 1995.
Encontra-se exposta no Museu de arte latino-americana de Buenos Aires (MALBA). Abaporu vem dos termos em tupi aba (homem), pora (gente) e ú (comer), significando "homem que come gente”. O nome é uma referência à antropofagia modernista, que se propunha a deglutir a cultura estrangeira e adaptá-la ao Brasil. Foi pintado em óleo sobre tela em 1928 por Tarsila do Amaral para dar de presente de aniversário ao escritor Oswald de Andrade, seu marido na época. Tarsila do Amaral valorizou o trabalho braçal (pés e mão grandes) e desvalorizou o trabalho mental (cabeça pequena) na obra, pois era o trabalho braçal que tinha maior importância na época.
[11] Oswald de Andrade ironizava em suas obras a submissão da elite brasileira aos países desenvolvidos. Propunha a "Devoração cultural das técnicas importadas para reelaborá-las com autonomia, convertendo-as em produto de exportação".
Unindo ao primitivismo brasileiro um certo primitivismo herdado de Breton (com aproximação ao Marxismo) em um enfoque da psicanálise de Freud, Oswald iria prosseguir aprofundando o seu pensamento neste sentido.
Na maturidade, Oswald buscou fundamentação filosófica para a antropofagia, ligando-a a Nietzsche, Engels, Bachofen, Briffault e outros autores, tendo escrito a respeito até teses, como a Decadência da Filosofia Messiânica.
[12] “A Cafeicultura na Crise de 1929 e a Revolução”; Lúcia Helena Storto e Sidney Aguilar Filho. Fontes: H. Schlittler Silva; A Villanova Vilela A e W. Suzigan. Citados por Paul Singer. "O Brasil no contexto do capitalismo internacional". Em Boris Fausto. (História Geral da Civilização Brasileira. 2a. ed., São Paulo, Difel, 1977. v. 8, p.355)
[13] A Revolução Constitucionalista de 1932, Revolução de 1932 ou Guerra Paulista, foi o movimento armado ocorrido no Estado de São Paulo, Brasil, entre os meses de julho e outubro de 1932 - todo estado de São Paulo e sul do Mato Grosso (atualmente Mato Grosso do Sul), Minas Gerais e Rio Grande do Sul - que tinha por objetivo a derrubada do Governo Provisório de Getúlio Vargas e a promulgação de uma nova constituição para o Brasil.
Foi uma resposta paulista à Revolução de 1930, a qual acabou com a autonomia de que os estados gozavam durante a vigência da Constituição de 1891.
A Revolução de 1930 impediu a posse do ex-presidente (atualmente denomina-se governador) do estado de São Paulo, Júlio Prestes, na presidência da República e derrubou do poder o presidente da república Washington Luís colocando fim à República Velha, invalidando a Constituição de 1891 e instaurando o Governo Provisório, chefiado pelo candidato derrotado das eleições de 1930, Getúlio Vargas.
A lei 2.430, de 20 de junho de 2011, inscreveu os nomes de Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, o MMDC, heróis paulistas da Revolução Constitucionalista de 1932, no Livro dos Heróis da Pátria.
Foi a primeira grande revolta contra o governo de Getúlio Vargas e o último grande conflito armado ocorrido no Brasil.
No total, foram 87 dias de combates (de 9 de julho a 4 de outubro de 1932 - sendo os últimos dois dias depois da rendição paulista), com um saldo oficial de 934 mortos, embora estimativas, não oficiais, reportem até 2200 mortos, sendo que numerosas cidades do interior do estado de São Paulo sofreram danos devido aos combates.
São Paulo, depois da revolução de 32, voltou a ser governado por paulistas, e, dois anos depois, uma nova constituição foi promulgada, a Constituição de 1934.
[14] Luis Martins (Rio de Janeiro 1910 - São Paulo 1981) foi um escritor, jornalista, crítico, memorialista e poeta brasileiro. Em 1928, escreveu seu primeiro romance. Mais tarde, publica "Lapa", em 1936, que foi apreendido pela polícia. Este fato influenciou sua mudança para São Paulo, em 1938, assim como sua longa e tumultuada relação amorosa com Tarsila do Amaral. Quando foram apresentados, ele tinha 26 anos, ela 47. Antes de se radicar em SP, Luís Martins estreia como crítico de arte, publicando "A Pintura Moderna no Brasil", em 1937. Em 1941, começa a escrever como crítico de arte para o jornal Diário de S. Paulo. Como crítico, aproximava-se da linhagem de Mario de Andrade, Sergio Milliet, e Geraldo Ferraz. Ganhou o Prêmio Jabuti de 1965 na categoria "Biografia e/ou memórias" com a obra "Noturno da Lapa". Também venceu o mesmo prêmio, na categoria Romance, em 1972, por A Girafa de Vidro. Foi cronista do jornal O Estado de São Paulo por 36 anos, assinando como L.M. Morreu em um acidente quando viajava de São Paulo ao Rio de Janeiro, em 1981.
[15] Aracy Abreu Amaral, São Paulo, 22 de fevereiro de 1930 é crítica e curadora de arte. Professora-titular de História da Arte pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, também foi diretora da Pinacoteca do Estado de São Paulo (1975-1979), do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (1982-1986) e membro do Comitê Internacional de Premiação do Prince Claus Fund, em Haia, na Holanda.
Historiadora, crítica, curadora de arte, foi professora titular de História da Arte da FAU-USP. Graduou-se em jornalismo pela PUC-SP (1959), conforme o currículum Lattes realizou seu mestrado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (1969) e seu doutorado em Artes pela mesma universidade. Seus exames de Livre Docência (1983) e de Titular foram realizados na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (1988).
Prêmios: Recebeu o John Simon Guggenheim Fellowship e em 2006 ganhou o prêmio Fundação Bunge (antigo prêmio Moinho Santista) por sua contribuição à área de Museologia. Além de ter organizado diversas exposições importantes foi coordenadora-geral do Projeto "Rumos" Itaú Cultural (2005-6). Realizou também a curadoria da 8ª Bienal do Mercosul e da Trienal do Chile.