Genaro de Carvalho
Pássaro e Sol II
tapeçaria1955
131 x 104 cm
assinatura inf. esq.
Reproduzido na Revista Manchete (RJ), ano 1956\Edição 0241 , na pág. 32.
Participou da exposição "Genaro - Traço, pincel e trama", realizada no Museu da Misericórdia em Salvador, de 27 de setembro à 24 de novembro de 2019.
Pássaro
tapeçaria96 x 129 cm
assinatura inf. centro
Participou da exposição "Genaro - Traço, pincel e trama", realizada no Museu da Misericórdia em Salvador, de 27 de setembro à 24 de novembro de 2019.
Atelier Parque Campo Grande
tapeçaria93 x 130 cm
assinatura no verso
Participou da exposição "Genaro - Traço, pincel e trama", realizada no Museu da Misericórdia em Salvador, de 27 de setembro à 24 de novembro de 2019.
Sem Título
tapeçaria124 x 160 cm
Sem Título
óleo sobre madeira114 x 714 cm
assinatura inf. esq.
Obra composta por 14 partes de 57 x 102 (cada).
Genaro de Carvalho (Salvador BA 1926 - idem 1971)
Tapeceiro, pintor, desenhista.
Genaro Antônio Dantas de Carvalho inicia seus estudos de pintura com o pai. Em 1944, vai para o Rio de Janeiro, e estuda desenho com Henrique Cavalleiro na Sociedade Brasileira de Belas Artes. É considerado um dos principais ativistas pela renovação da arte na Bahia, ao lado de Carlos Bastos, Caribé e Mario Cravo Jr. Com bolsa de estudos do governo francês, Genaro embarca para Paris em 1949, lá estuda com André Lhote e Fernand Léger na École Nationale de Beaux-Arts. Participa, em 1950, dos Salões de Outono, de Maio e dos Independentes. Nesse mesmo ano, inicia-se na arte da tapeçaria, realizando seu primeiro trabalho denominado Plantas Tropicais. No ano de 1955, cria o primeiro ateliê de tapeçaria no Brasil, na cidade de Salvador, Bahia. Seu trabalho de maior destaque é o mural realizado para o salão interno do Hotel da Bahia, obra com 200 metros quadrados, intitulada Festejos Regionais Bahianos. Em 1967, a Divisão de Cultura do Departamento de Estado Americano realiza o documentário Genaro e a Tapeçaria Brasileira.
Críticas
"Ao contrário da maioria dos pintores de nossa época, Genaro de Carvalho confessa apreciar o decorativismo e tê-lo até como objetivo de sua arte. Pintor de grandes recursos, com êxito de crítica e de venda, depois de várias e brilhantes experiências tanto no campo do figurativismo como no do abstracionismo, fixou-se afinal na arte difícil da tapeçaria (...)"
Sérgio Milliet
CAVALCANTI, Carlos; AYALA, Walmir, org. Dicionário brasileiro de artistas plásticos. Apresentação de Maria Alice Barroso. Brasília: MEC/INL, 1973-1980. (Dicionários especializados, 5).
"(...) Quanto às pinturas - nus de mulatas, folhagens, flores -, não suportam o cotejo com as tapeçarias: são amaneiradas, doces, superficiais e decorativas, muito embora Genaro ele próprio assim explicasse, numa entrevista a Luís Ernesto Machado Kawall, o decorativismo de sua pintura: - Tenho o decorativismo na minha pintura como um elemento consciente, como um objetivo, uma finalidade. Não escondo isto. Mesmo na figura dou um sentido ornamental. E não consigo entender por que tanto preconceito em torno do decorativismo na arte. Toda a pintura chinesa, persa, é, por excelência, de finalidade decorativa."
José Roberto Teixeira Leite
LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988.
"Genaro Carvalho, trabalhando quase só no mercado da arte de tecer no Brasil, Aliava a sua criatividade um senso prático de organização, uma consciência aguda da sua missão pioneira, alargando sua visão tropical a uma estética formal competitiva com o que de melhor estava sendo feito em outras partes do mundo. Principalmente em relação a tapeçaria de Lurçat que nos chegava com toda a sua riqueza cromática. Assisti nos anos 50 a esta mostra da arte francesa e posso afirmar que ela foi decisiva na formação de novos artistas à difícil iniciação dessa arte. Na Galeria Estréia, em São Paulo (anos 60), assisti a uma das últimas exposições individuais de Genaro, onde acrescenta à exuberância de sua cor, e ao virtuosismo de sua técnica, o elemento humano: mulatas e baianas e o casario colonial da Bahia, numa interação tema e conteúdo de indiscutível oportunidade. (...) Sua obra e sua proposta no campo das artes plásticas foram, todavia, definitivas para as artes do Brasil, principalmente no campo da tapeçaria onde revelou-se superiormente como artista. Genaro Carvalho foi precursor da tapeçaria brasileira na Bahia. "
Dorian Gray Caldas
CALDAS, Dorian Gray. Arte e História - Lurçat e Genaro. Tribuna do Norte. 08/03/98.
Exposições Individuais
1945 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Associação Brasileira de Imprensa
1946 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Mnba
1948 - Salvador BA - Individual, na Galeria Anjo Azul
1953 - Salvador BA - Individual, na Galeria Oxumaré
1955 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1957 - Rio de Janeiro RJ - Tapeçarias Genaro, MAM/RJ
1957 - São Paulo SP - Individual, MAM/SP
1958 - Belo Horizonte MG - Individual, no Museu de Arte da Pampulha
1959 - Porto Alegre RS - Individual, no Margs
1960 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Barcinski
1960 - São Paulo SP - Individual, na Galeria de Arte das Folhas
1960 - Zurique (Suíça) - Individual, na Galeria Hans Wichers
1961 - Buenos Aires (Argentina) - Individual, na Galeria Rubbers
1961 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1962 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1964 - Estados Unidos - Individual itinerante, a convite da Smithsonian Institution
1965 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1966 - Washington D. C. (Estados Unidos) - Individual, no Instituto Cultural Brasileiro Norte-Americano
1966 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Astréia
1967 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1968 - Salvador BA - Bienal Nacional de Artes Plásticas
1971 - Londres (Inglaterra) - Individual, no Canning House
1971 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1971 - Salvador BA - Individual, no MAM/BA
Exposições Coletivas
1944 - Salvador BA - 1º Salão de Arte Americana, no Associação Cultural Brasil-Estados Unidos
1950 - Paris (França) - Salão de Outono, no Grand Palais
1950 - Paris (França) - Salon de Mai
1950 - Paris (França) - Salon des Artistes Etrangers Boursies du Government Français
1950 - Paris (França) - Salon des Indépendants
1951 - São Paulo SP - 1º Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão do Trianon
1955 - São Paulo SP - 3º Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão das Nações
1957 - São Paulo SP - Artistas da Bahia, no MAM/SP
1964 - Estados Unidos - Mostra itinerante, da Smithsonian Institution
1964 - Filadélfia (Estados Unidos) - Brazilian Exposition
1965 - Hamburgo (Alemanha) - Artistas Baianos, na Hans Wichters Gallerie
1965 - Lausanne (Suíça) - 2ª Bienal Internacional de Tapeçaria, no Musée Cantonal des Beaux-Arts
1965 - Leningrado (União Soviética) - Coletiva, no Museu de Hermitage
1965 - São Paulo SP - 14º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - medalha de prata
1966 - Salvador BA - 1º Bienal Nacional de Artes Plásticas
1967 - Salvador BA - Exposição Coletiva de Natal, na Panorama Galeria de Arte
1967 - São Paulo SP - Artistas da Bahia, na A Galeria
1968 - Salvador BA - 2ª Bienal Nacional de Artes Plásticas, no MAM/BA
1969 - São Paulo SP - 1º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
Fonte: Itaú Cultural