Adriana Varejão

Adriana Varejão - Extirpação do mal por punção

Extirpação do mal por punção

óleo e agulhas de acupuntura sobre tela
1994
200 x 240 cm
assinatura no verso
Reproduzida no livro Louise Neri, Adriana Varejao, Brazil, 2001, no. 46.
Reproduzida no livro Adriana Varejão, Adriana Varejão: entre carnes e mares, Rio de Janeiro, 2009, p. 104.
Participou da exposição 22 Bienal de São Paulo, 1994.
Participou da exposição Camargo Vilaça - Adriana varejão Pintura / Sutura, 1996.
Participou da exposição: MULHERIO, Galeria Danielian, de 03 de dezembro de 2022 a 11 de fevereiro de 2024. Com curadoria de Viviane Matesco, Rafael Peixoto e Marcus Lontra.

Adriana Varejão (Rio de Janeiro, RJ - 1964)

Adriana Varejão
Adriana Varejão

Pintora.

Adriana Varejão é uma artista plástica contemporânea que vem ganhando cada vez mais destaque no espaço nacional e internacional. A artista, que se consagrou através de obras viscerais, peles rasgadas, interiores à mostra, canibalismo e esquartejamento, começa a trilhar novos caminhos. Atualmente, é uma das artistas brasileiras de mais destaque na cena contemporânea, no Brasil e exterior.

Nascida em 1964, a carioca Adriana começou sua carreira nos anos 80, ainda muito jovem. Entre 1981 e 1985 freqüentou cursos livres na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro e fez sua primeira exposição individual em 1988, na galeria Thomas Cohn.

Filha de um piloto da aeronáutica e de uma nutricionista fez cursinho pré-vestibular no colégio Impacto. Foi cursar engenharia na Puc. No meio tempo, fez cursos de arte. E pronto. “Acho que um dia eu acordei e virei artista”,  brinca. Alugou um ateliê e começou a produzir.

"Não pensava se conseguiria ou não viver da própria arte. Eu estava vivendo, fazendo as coisas, descobrindo a minha linguagem. Não estava preocupada se ia ou não expor, quanto ia ganhar, qual ia ser meu galerista. Falo para os estudantes isso quando vou dar palestras. Vejos as pessoas muito preocupadas com o resultado. Não é por aí. É preciso apenas encontrar suas voz. E achar a tal linguagem, de acordo com ela, nunca é fácil. É muito sofrimento. Cada vez que você olha uma tela em branco acredita piamente que não vai ter mais idéias, que vai ficar bloqueada. O processo de criação é dolorido.”

Na década de 90, foi incluída em inúmeras mostras importantes e aos poucos foi revelando o amadurecimento de sua obra. Destacam-se suas participações na Bienal de São Paulo, em 1994 e 1998; nas Bienais de Havana (1994), Johannesburgo (1995) e Liverpool (1999). Adriana também foi uma das figuras centrais da Bienal de Sydney (2000), além das mostras coletivas UltraBaroque (EUA, 2000-2002), TransCulture (Veneza; Tokio, 1995), New Histories (ICA, Boston, 1996), Mapping (MoMA-NY, 1994).

Sua obra reproduz elementos históricos e culturais, com temas ligados à colonização, ao barroco e à azulejaria. Investiga também a utilização do corpo humano, da visceralidade e da representação da carne como elemento estético. Apesar de remeter ao barroco, adquire forte contemporaneidade em decorrência do acúmulo excessivo de materiais, camadas de tinta e informações.

“A pintura é minha raiz, da mesma forma que o Brasil”

A densidade simbólica de Adriana Varejão é tanta que escandaliza os espectadores, mas ao mesmo tempo é responsável pela conquista de admiração e respeito cada vez maiores nos cenários internacionais da arte.

Suas obras integram as coleções dos principais museus do mundo e tem alcançado recordes de preço em casas de leilão de Londres e Nova York, atestando o reconhecimento internacional. No Brasil, Adriana ganhou um pavilhão inteiramente dedicado a seu trabalho no Instituto Inhotim, em Minas Gerais.

Comentário Crítico

No fim da década de 1980, Adriana Varejão produz telas com espessas camadas de tinta, tendo como parâmetro as igrejas barrocas brasileiras e sua azulejaria, como em Altar I, 1987. Posteriormente, passa a apropriar-se de imagens da história do Brasil, retomando representações etnográficas de indígenas e negros, como, por exemplo, as ilustrações do livro Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, de Debret (1768 - 1848), para comentar o processo de miscigenação no país e a violência do processo de colonização. A artista percorre, assim, o repertório de imagens relacionadas ao Período Colonial brasileiro: os azulejos, os mapas e os registros dos viajantes.

Em outras obras, utiliza cacos de louça e pratos da Companhia das Índias, que são moldados e pintados pela artista, como em Linha do Equinócio II, 1997. Adriana Varejão faz também incisões e suturas em suas telas, como ocorre em Filho Bastardo II, 1997 ou em Parede com Incisões a la Fontana, 2000, nas quais, por meio dos cortes, deixa entrever uma matéria interna, que tem a aparência de carne. Também reproduz em seus quadros fragmentos anatômicos, fazendo referências a esquartejamentos e canibalismo, em obras de grande densidade simbólica.

Críticas

O espaço de representação pictórica proposto por Adriana Varejão visa a angariar o olhar plurívoco do espectador, que o teatro e o cinema costumeiramente exigem dele, a fim de que presencie imagens em movimento que correm à cata, num palco ou tela, duma performance discursiva. No entanto, no caso de Adriana, o processo de encenação torna de tal modo excessivo o peso simultâneo da imagem compósita, que leva esta a deslegitimar a exigência propriamente discursiva das encenações conduzidas pela sucessão temporal de imagens. Há narrativa nas telas de Adriana, embora nelas não haja discurso, no sentido linguístico da palavra.
Sua narrativa é a de “um rio sem discurso”; para retomar a imagem de João Cabral de Melo Neto. (...) A forma do azulejo – íntegro ou lascado, pouco importa − está sempre a “quebrar em pedaços” (JCMN) as intenções caudalosas de qualquer esforço discursivo. Por isso, em cada minuto e por todo o tempo da contemplação, nenhum ponto de vista assumido pelo espectador é o final, a exigir soberania sobre os demais. Numa peça de teatro ou filme, as imagens em movimento conduzem os assistentes de fio a pavio até − como acontece nos filmes de Hollywood − o happy ending. Não é o caso da mise-en-scène multiprogramada por efeitos de sobreposição e de simultaneidade, proposta pelas peças de Adriana. (...)
Silviano Santiago
Trecho do livro "Entre Carnes e Mares"

Os trabalhos de Adriana Varejão exploram as histórias implícitas e não contadas, criando um tipo de historiografia crítica (...) em que o pastiche dos retratos acadêmicos iluminam o que ficou oculto da experiência violenta do universo feminino no Brasil colonial. A violência obliterada retorna na relação encenada entre os quadros — as imagens exteriores e oficiais — e os olhos de vidro cujos interiores vêm estampados de outras imagens — interiores e privadas — menos idílicas por trás da censura do visível. (...) As carnes que saem das paredes de Adriana Varejão não são as “carnes” tranquilas (viande) de Merleau-Ponty que fundavam o encontro entre o corpo do sujeito e o corpo do mundo e que se tocavam na pincelada de Cézanne sobre a tela; aqui se trata de carnes do desejo (chair) em movimento cruel (cru, sangrento e implacável) que se projetam no espaço com força sensual e invasiva, como em Azulejaria verde em carne viva (2000), sem revelar nada além da ferida em textura informe.
Karl Erik Schøllhammer
Trecho do livro "Entre Carnes e Mares"

É possível dizer que os azulejos pavimentam, ladrilham e preenchem a obra de Adriana Varejão. Pavimento no percurso; pavimento que dá liga a esses tecidos de histórias que vão se desnovelando a cada nova fase, a cada desafio. Adriana, tal qual um bricoleur, coleta fragmentos de histórias e os traduz em outros. Como os antigos relojoeiros, a artista parte do que encontra e por aí desenvolve seu projeto. (...) Adriana parte do que tem: espalha, remonta e cria, tendo por base narrativas que, pacientemente, coleta, relê, refaz. Sabemos que todo tradutor é um traidor, e Adriana age à moda das caixinhas chinesas. Abre uma caixa dentro de outra, e faz de sua obra um mar de histórias.
Lilia Moritz Schwartz
Trecho do livro "Entre Carnes e Mares"

A série Saunas e Banhos de Adriana Varejão remete, de imediato, à própria gênese do espaço da pintura na tradição ocidental, isto é, à construção de um espaço pictórico através da representação da perspectiva de estruturas arquitetônicas.
Em Saunas e Banhos a luz é a metáfora do tempo durante o qual o homem é no mundo. Ela é acontecimento, fenômeno, duração. Como fenômeno, a luz preexiste e subsiste ao homem. Ela representa a Natureza como o Absolutamente Grande, atemporal e infinita, e, como metáfora, é indiferente a sua constituição e procedência. A presença da luz contraposta à ausência humana nas pinturas de Adriana faz aludir àquela Natureza sublime manifesta na sua permanência e que abriga o homem no seu estado de impermanência. (...) Os espaços-abrigos das pinturas de Adriana estão fundados em ausências essencialmente reveladoras do embate entre o fora (o mundo, a Natureza, o Absolutamente Grande) e o dentro (o sujeito, o abrigo, o Absolutamente Pequeno).
Nos vazios dessas telas recentes de Varejão, nas cores que se insinuam pelas frestas de luz dos ladrilhos, o espectador é convidado a suspender suas expectativas, a deixar-se capturar pelas nuances do que não tem nome e, acima de tudo, a perder tempo olhando.
Zalinda Cartaxo
Trecho do livro "Entre Carnes e Mares"

Trazendo o Barroco para a cena contemporânea, Varejão repõe na ordem do dia uma pintura que não teme o artifício, a ilusão, o jogo delirante e sensual com a aparência.
Luiz Camillo Osório
Trecho do livro "Entre Carnes e Mares"

Os grandes Pratos retomam a convulsão marítima do barroco de Adriana, agora não mais como malha, nem como movimento, mas como o espaço fértil de criação-recri(e)ação-nascimento. O mar convulso – das figuras derretidas ou deformadas dos Barrocos, em sombras e transparências que se afogavam em ondas de cores, manchas e mofos aquosos – está também em Celacanto, nos Azulejões, mas de modo violento, abstrato, decomposto. Um grande mar em que o canto (das sereias?) provoca maremoto. O maremoto dos azulejos de Adriana esconde sereias que nos Pratos surgem em explícitas figuras; loucas, bêbadas, lindas, retorcidas. (...) Adriana explora a materialidade da tinta e da superfície de telas e outros suportes, construindo narrativas que se cruzam ao longo de sua trajetória, principalmente, através de dois elementos: as carnes e os mares. Misturando um e outro, uma qualidade barroca, na profusão de cores (ou tons de azul, no caso dos Azulejões) e a carnalidade-viceralidade do gesto. Os mares de Adriana são carnais, e suas carnes estouram em ondas de arrebentação.
Isabel Diegues
Trecho do livro "Entre Carnes e Mares"

Entrevista

"Artes Plásticas não é questão de talento. Não é preciso ser um prodígio técnico, como Nelson Freire ou Mozart. É uma linguagem adulta, que depende  do conhecimento. da bagagem cultural, da sensibilidade. Está ligada ao pensamento, à criatividade".
Adriana Varejão à Revista Personalité, N° 2, MARÇO DE 2008, ANO I

“Tento não construir nenhum discurso, dou pistas narrativas para a pessoa introduzir sua própria narrativa.Tem obras da série Ruínas de charque (abaixo, Ruína de charque Caruaru, 2000, óleo sobre madeira e poliuretano), com simulações de pedaços de parede com essa alusão à carne por dentro, destruída, com rasgos na tela. Os cortes aparecerem porque eu costumava trabalhar com muita materialidade, muita tinta sobre a tela. Tomei contato com o Barraco mineiro, um estilo muito visceral, cujo emblema é o sagrado coração sangrando, as chagas, tudo muito teatralizado. Quando pinto a carne me refiro um pouco ao Barroco, à própria história da pintura, pois Goya pintava a carne, Rembrandt também – tem O boi esquartejado, Aula de anatomia –, Gericault, Francis Bacon. Então falo da história da pintura, e não da carne diretamente, mas da pintura do Goya, do Caravaggio, aquele dedo na ferida, que sempre foi uma imagem muito forte na minha cabeça. E a interpretação disso às vezes é mais erótica, às vezes mais dolorida.”.

O começo

Adriana Varejão: Quando entrei para um curso de pintura, nem sabia que alguém poderia viver pintando, que isso poderia ser uma profissão. Lembro-me que entrei na casa do meu professor de pintura e pensei: “Nossa, ele é um pintor, ele vive de pintura”. E foi uma surpresa para mim, não tinha familiaridade com esse ambiente, muito menos o ambiente de arte contemporânea. As coisas foram acontecendo naturalmente, nunca planejei muito, nunca coloquei minha vontade, meus planos na frente do que estava acontecendo, tipo “vou ser uma artista profissional”. Nunca teve esse momento. 

Fui fazendo cursos de pintura, por certa curiosidade sobre o assunto. Nessa época fazia faculdade de engenharia e aí a pintura foi me tomando, tomando espaço, fui me dedicando cada vez mais a isso e, naturalmente, comecei a expor numa galeria – muito cedo até, em 1988, quando tinha acabado de completar 24 anos.

O trabalho, o cotidiano, as fases

Adriana Varejão: Tento me prender dentro do ateliê, mesmo que eu vá para lá para não fazer nada. Na pintura, assim como na arte de maneira em geral, você tem que ter uma predisposição para a coisa começar a acontecer, tem que se desocupar do mundo, e você só consegue fazer isso depois de um determinado número de horas. Chego ao ateliê, fica fazendo uma porção de coisas, fico olhando para o quadro e aí começo a mergulhar dentro da coisa, da pintura, depois de três, quatro horas ali. Aí a pintura começa a funcionar, a acontecer, as coisas começam a fluir, o mundo vai ficando cada vez mais distante, a cabeça vai parando e então começo a entrar ali naquele barato. O tempo aqui não é só o da execução, mas é esse tempo necessário para a cabeça se desligar um pouco dos acontecimentos do mundo, você ficar num estado mental mais ou menos livre para poder olhar simplesmente.

As interrupções, os compromissos

Adriana Varejão: Quando uma filha te interrompe no meio de um processo como este, tem que parar. Aí volta para cá no dia seguinte. Às vezes atraso meus compromissos quando estou num pique muito bom de pintura, vou noite adentro. Mas tem dias que entro no ateliê e dá tudo errado, a mão, o olho, está tudo errado. Tem dias que faço uma porção de coisa e acho que foi genial, “nossa, hoje eu resolvi todos os problemas”. No dia seguinte, entro e vejo que era tudo uma porcaria. Varia, agora quando estou num pique bom, estou sentindo que as coisas estão funcionando, aí tento estender o máximo de horas possível pintando. Teve vários momentos da minha vida que esqueci que era sábado, domingo, Natal, Carnaval, Copa do Mundo. 

É um projeto de vida mesmo, de dedicação, todos os dias. A rotina de vir para o ateliê é uma constante na minha vida. E também o trabalho não se resume em só vir para o ateliê executar a obra. Quem trabalha com criação está o tempo todo percebendo o mundo também. Lembro-me que quando comecei a ser artista, descobri o que era arte, a realidade se transformou completamente, as coisas se transformaram, tinham um frescor em tudo o que eu lia, os filmes que via, de estar ali, diante do mar, na praia, de estar ouvindo uma música. Tudo é matéria para a pintura, para a arte. O artista nunca descansa, está de férias, vai para casa e se desliga do trabalho. Não tem essa dinâmica. Você trabalha o tempo todo, vivendo, sentindo, olhando, ouvindo, cheirando. Está trabalhando o tempo todo.

As séries

Adriana Varejão: Quando começo uma nova série, é um acontecimento sensacional. Tem um pouco desse frescor do início, quando comecei a ser artista, o frescor de descobrir novos lugares, novos assuntos. Saunas e banhos (2001-2009) (acima a obra The guest, 2004, óleo sobre tela)  foram um pouco assim, comecei essa série completamente por acaso. Abri um livro de arquitetura de Macau [ex-colônia portuguesa, a península asiática tornou-se região administrativa da China em 20 de dezembro de 1999] em Portugal. Estava numa livraria, comecei a ver um livro e vi umas fotos de um cantinho azulejado, uma arquitetura completamente gambiarra, sem a menor importância, o livro era sobre isso. Macau parecia completamente o Rio de Janeiro. E eu sempre trabalhei em cima dessas ideias de transposições culturais. 

Muito tempo atrás, fiz uma exposição chamada Terra incógnita (1991-2003), que falava sobre uma China brasileira, sempre com essa relação entre China e Brasil acontecendo em minha obra. E essa era uma ideia mais contemporânea. Aí calhou de eu estar em Paris e comecei a visitar as saunas nos bairros muçulmanos, aquelas saunas só de mulheres. Fui parar numa sauna subterrânea incrível, toda azulejada. Ao mesmo tempo associei isso com os botequins do Rio de Janeiro, também com os mercados de carne. Tudo era um pouco essa mesma arquitetura funcional do azulejo vulgar, contemporâneo. Esse tipo de ambiente começou a me seduzir muito. Fui para Budapeste, buscar também em filmes, como Banhos [de Yang Zhang, 1999], um filme chinês incrível, trouxe-me a presença das piscinas. É mais ou menos assim que acontece.

Agora tomei contato com a obra de um ceramista português que viveu no final do século XIX, [Rafael] Bordalo Pinheiro [também caricaturista e jornalista, que morou no Brasil entre 1875 e 1879]. Ele dirigiu durante 20 anos uma fábrica de cerâmicas em Caldas da Rainha, em Portugal. Há dois anos estou namorando essa obra e agora fui conhecer de perto, em Lisboa, coleções particulares destes pratos. Fui a Caldas da Rainha, à casa onde Bordalo viveu, comprei biografias dele. Eu sou tomada, mas não por uma pesquisa – não chamaria de pesquisa, mas de paixão. Fico apaixonada por um assunto, um universo, uma sensação e procuro construir histórias em torno disso e viver um pouco essas coisas. As séries acontecem um pouco assim.

Música

Adriana Varejão: Quando estava desenvolvendo Azulejões (acima a pintura Celacanto provoca maremoto, 2004, óleo e gesso sobre tela), foi uma época que estava ouvindo muito samba e choro, vivendo isso muito intensamente. O Paulo Herkenhoff olhou para aquilo e disse que tinha uma ordem sincopada. Eu conhecia a obra do Baden Powell – aliás, conheci o Baden, fui numa roda vê-lo tocar. E no “Choro para metrônomo” eu tinha a tradução musical do que era aquela obra, do que eu esperava visualmente construir com aquela obra. Não que ouvi a música e quis fazer a obra, mas é quando as coisas se encontram, as coincidências acontecem. Achava muito coerente a forma do ritmo sempre regular da azulejaria, quadrado, com o metrônomo, que impõe esse ritmo, aquele solo em cima dessa monotonia rítmica [imita com a boca o solo do choro]. Eu via isso dentro da minha composição, que ao mesmo tempo não era contínua, existia a ideia dessa ordem sincopada, feita de quebras, mas construída em um fluxo melódico, dominado pelo azul. Visualizei e me identifiquei muito com aquela música. 

Desaprendendo com as crianças

Adriana Varejão: Acho toda criança incrível, pois elas sofrem um processo de desaprendizagem, porque, artisticamente, são muito boas, capazes de fazer associações incríveis, verdadeiras instalações, com nenhum preconceito, muito ligadas no processo. Vejo minha filha muito mais interessada em misturar tintas na palheta do que no papel. Tem uma espontaneidade na aproximação com a arte, é tudo tão direto.

Adriana Varejão em entrevista exclusiva ao SaraivaConteúdo

Livros

Livro ADRIANA VAREJAO- ENTRE CARNES E MARES - BILINGUE – PORTUGUES / INGLES
Formato: Livro
Autor: SANTIAGO, SILVIANO
Editora: EDITORA COBOGO
Assunto: ARTES

Livro ADRIANA VAREJAO – FOTOGRAFIA COMO PINTURA
Formato: Livro
Autor: VAREJAO, ADRIANA
Editora: ARTVIVA EDITORA
Assunto: ARTES

Livro ADRIANA VAREJAO – CHAMBRE D’ECHOS / ECHO CHAMBER
Formato: Livro
Autor: VAREJAO, ADRIANA
Editora: ACTES SUD
Assunto: ARTES

“Entre carnes e mares” é o livro mais completo sobre a obra da artista plástica carioca, contendo mais de 170 reproduções de suas pinturas, além de fotografias e instalações. Esta publicação bilíngue reúne seus trabalhos mais importantes e conta ainda com cinco ensaios críticos de autores consagrados como Silviano Santiago, Lilia Moritz Schwarcz, Karl Erik Schøllhammer, Luiz Camillo Osorio e Zalinda Cartaxo.

Este volume oferece ao leitor um rico panorama da trajetória da artista, partindo dos seus mais novos Pratos e passando pelas influências barrocas, pelo azul dos azulejos e dos mares e pelos quadros em carne viva. O visual incrível do livro traduz a força da intensa pesquisa por trás da obra. São mais de 170 reproduções de suas pinturas, além de fotografias e instalações, grande parte do acervo de Varejão.

O livro fala de uma trajetória de 26 anos com obras que remetem ao Barroco, à azulejaria mineira e à experiência de ser mãe. Produções nunca expostas, da década de 80, e também recentes, como a dos pratos, iniciada em 2009. “Essa série de pratos enormes, com um metro e sessenta de altura é inspirada na cerâmicas do português Rafael Bordalo Pinheiro e passeiam pelo universo feminino. É o trabalho ao qual Adriana se dedica no momento, e que foi acompanhado pela editora Isabel Diegues, organizadora do livro. “ Tudo começou a partir de uma palestra de Adriana Varejão, proferida no Guggenheim Museum de Nova York, a partir de aspectos da obra, autores de áreas distintas fizeram seu recorte aproximação com o trabalho da artista”, explica Isabel.

Acervos

Bouwfonds Kunststichting - Hoevelaken (Holanda)
Centro de Arte Contemporânea Inhotim - Brumadinho MG
Culturgest - Lisboa (Portugal)
Fondation Cartier Pour l'Art Contemporain - Paris (França)
Fundación La Caixa - Barcelona (Espanha)
Ghent Museum - Ghent (Bélgica)
Guggenheim Museum - Nova York (Estados Unidos)
Hara Museum of Contemporary Art - Tóquio (Japão)
Museu de Arte Contemporânea de San Diego - San Diego (Estados Unidos)
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro RJ
Museu de Arte Moderna de Sintra - Sintra (Portugal)
Stedelijk Museum Amsterdam - Amsterdã (Holanda)
Tate Modern - Londres (Inglaterra)

Prêmios

2013 - Prêmio Mario Pedrosa (artista de linguagem contemporânea), da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA)
2012 - Grande Prêmio da Crítica, categoria Artes Visuais, da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), pela exposição “Histórias às margens”
2011 - Ordem do Mérito Cultural pelo Ministério da Cultura do Brasil
2008 - Medalha de Chevalier des Arts et Lettres do governo francês

Exposições Individuais

1988 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Thomas Cohn
1991 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Thomas Cohn
1992 - Amsterdã (Holanda) - Individual, na Galeria Barbara Farber
1992 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Luisa Strina
1993 - Rio de Janeiro RJ - Proposta para uma Catequese, na Galeria Thomas Cohn
1995 - Nova York (Estados Unidos) - Individual, na Annina Nosei Gallery
1996 - São Paulo SP - Pintura/Sutura, na Galeria Camargo Vilaça
1996 - Amsterdã (Holanda) - Individual, na Galerie Barbara Farber
1997 - Paris (França) - Individual, na Galerie Ghislaine Hussenot
1997 - Caracas (Venezuela) - Individual, no Museo de Arte Contemporáneo Sofía Imber
1998 - Madri (Espanha) - Individual, na Galería Soledad Lorenzo
1998 - Lisboa (Portugal) - Imagens de Troca, no Pavilhão Branco do Museu da Cidade
1999 - São Paulo SP - Alegria, na Galeria Camargo Vilaça
2000 - Nova York (Estados Unidos) - Individual, na Lehmann Maupin Gallery
2000 - São Paulo SP - Azulejão, na Galeria Camargo Vilaça
2000 - Umeå (Suécia) - Individual, no BildMuseet
2000 - Borås (Suécia) - Individual, no Borås Konstmuseum
2001 - Londres (Inglaterra) - Individual, na Victoria Miro Gallery
2001 - Porto (Portugal) - Individual, na Galeria Pedro Oliveira
2001 - Rio de Janeiro RJ - Azulejões, no Centro Cultural Banco do Brasil  - CCBB
2001 - Brasília DF - Azulejões e Charques, no CCBB
2002 - Londres (Reino Unido) - Individual, na galeria Victoria Miro
2002 - Madri (Espanha) - Individual, na galeria Soledad Lorenzo
2002 - São Paulo SP - Individual, na galeria Fortes Vilaça
2003 - Nova York (Estados Unidos) - Individual, Lehmann Maupin
2004 - Londres (Reino Unido) - Saunas, na galeria Victoria Miro
2005 - Paris (França) - Chambre d'echos, na Fondation Cartier pour l'art Contemporain
2005 - Lisboa (Portugal) - Individual, no Cetro Cultural de Belém
2005 - Salamanca (Espanha) - Individual, na galeria DA2
2005 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Fortes Vilaça
2006 - Petrópolis RJ - Fotografia com Pintura, no Sesc de Petrópolis
2007 - Tóquio (Japão) - Individual, no Hara Museum of Contemporary Art
2008 - Brumadinho MG - Individual, no Inhotim Centro de Arte Contemporânea   
2008 - Belo Horizonte MG - Individual, no Museu de Arte da Pampulha
2009 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Fortes Vilaça
2009 - Nova York (Estados Unidos) - Individual, na Lehmann Maupin
2011 - Londres (Reino Unido) - Individual, na Victoria Miro Gallery
2012 - São Paulo SP - Histórias às margens, no Museu de Arte Moderna
2013 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
2013 - Londres (Reino Unido) - Individual, na galeria Victoria Miro

Exposições Coletivas

1984 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Carioca
1985 - Rio de Janeiro RJ - Ao Mestre com Pinturas, na EAV/Parque Lage
1986 - Belo Horizonte MG - 9º Salão Nacional de Artes Plásticas: sudeste, na Fundação Clóvis Salgado. Palácio das Artes
1987 - Rio de Janeiro RJ - 9º Salão Nacional de Artes Plásticas, na Funarte - prêmio aquisição MEC
1987 - Rio de Janeiro RJ - Novos Novos, na Galeria de Arte Centro Empresarial Rio
1988 - Leverkusen (Alemanha) - Brasil Já, no Morsbroich Museum
1988 - Stuttgart (Alemanha) - Brasil Já, na Galerie Landesgirokasse
1989 - Amsterdã (Holanda) - U-ABC, no Stedelijk Museum
1989 - Colônia (Alemanha) - 23ª Art Cologne, na Messehalle Koeln
1989 - Hannover (Alemanha) - Brasil Já, no Sprengel Museum
1989 - Rio de Janeiro RJ - Rio Hoje, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ
1989 - Rio de Janeiro RJ - Stand E 204, na Thomas Cohn Arte Contemporânea
1990 - Lisboa (Portugal) - U-ABC, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão, Fundação Calouste Gulbenkian
1991 - Estocolmo (Suécia) - Viva Brasil Viva, na Liljevalchs Konsthall
1991 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Thomas Cohn
1991 - Rio de Janeiro RJ - Processo nº 738.765-2, na EAV/Parque Lage
1992 - Rio de Janeiro RJ - Brazilian Contemporary Art, na EAV/Parque Lage
1992 - Rio de Janeiro RJ - Brazilian Contemporary Art, na Galeria Sérgio Milliet
1993 - Cidade do México (México) - De Rio a Rio, na Galeria OMR
1993 - Rio de Janeiro RJ - Arte Erótica, no MAM/RJ
1993 - São Paulo SP - 23º Panorama de Arte Atual Brasileira, no Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP
1993 - São Paulo SP - Brazilian Contemporary Art, no MAC/USP
1994 - Havana (Cuba) - 5ª Bienal de Havana
1994 - Nova York (Estados Unidos) - Mapping, no MoMA
1994 - Rio de Janeiro RJ - As Potências do Orgânico, nos Museus Castro Maya. Museu do Açude
1994 - São Paulo SP - 22ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1995 - Belem PA - ~Salão de Arte do Pará, na Fundação Romulo Maiorana 
1995 - Berlim (Alemanha) - Havanna/São Paulo, na Haus der Kulturem der Welt
1995 - Cidade do México (México) - Viajeros del Sur - Una Mirada sobre México, no Museo Carrillo Gil
1995 - Curitiba PR - 11ª Mostra da Gravura Cidade de Curitiba, no Museu da Gravura
1995 - Johanesburgo (África do Sul) - 1ª Bienal de Johanesburgo
1995 - Okayama (Japão) - TransCulture, na Benesse House Naoshima Contemporary Art Museum
1995 - Rio de Janeiro RJ - Libertinos/Libertários, na Funarte
1995 - São Paulo SP - Coletiva, na Galeria Camargo Vilaça
1995 - Veneza (Itália) - TransCulture, na 46ª Bienal de Veneza, no Palazzo Giustinian Lolin1
1996 - Boston (Estados Unidos) - New Histories, no The Institute of Contemporary Art
1996 - Copenhague (Dinamarca) - 96 Containers: art across the oceans
1996 - Paris (França) - Avant-Premiére d´un Musée - Le Musée d´Art Contemporain de Gand, no The Institute Néerlandais
1996 - Paris (França) - Coletiva, na Galerie Ghislaine Hussenot
1996 - Rio de Janeiro RJ - Guignard: a escolha do artista, no Paço Imperial
1996 - São Paulo SP - Excesso, no Paço das Artes
1997 - Curitiba PR - A Arte Contemporânea da Gravura, no MuMA
1997 - Londres (Inglaterra) - Lines from Brazil, na Whitechapel Art Gallery
1997 - México (México) - Asi Está la Cosa: arte objeto e instalaciones de América Latina, no Centro Cultural Arte Contemporáneo
1997 - Porto Alegre RS - 1ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul, na Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul
1997 - Porto Alegre RS - Vertente Cartográfica, na Usina do Gasômetro
1998 - Aachen (Alemanha) - Der Brasilianische Blick, Coleção Gilberto Chateaubriand, no Ludwig Forum für Internationale Kunst
1998 - Berlim (Alemanha) - Der Brasilianische Blick, Coleção Gilberto Chateaubriand, na Haus der Kulturen der Welt
1998 - Caracas (Venezuela) - Desde el Cuerpo: alegorías de lo feminino, no Museo de Bellas Artes
1998 - Cidade do México (México) - Situacionismo - Un Grupo de Fotografias, na Galeria OMR
1998 - Genebra (Suíça) - The Edge of Awareness, na World Health Organization Headquartes
1998 - Nova York (Estados Unidos) - The Edge of Awareness, no United Nations Building
1998 - Rio de Janeiro RJ - A Imagem do Som de Caetano Veloso, no Paço Imperial
1998 - Rio de Janeiro RJ - Arte Contemporânea Brasileira - Um e Outro, no Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB
1998 - São Paulo SP - 24ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1998 - São Paulo SP - Camargo Vilaça Bis, na Galeria Camargo Vilaça
1998 - São Paulo SP - Fronteiras, no Itaú Cultural
1998 - São Paulo SP - O Contemporâneo na Produção Artística de Brasil e Portugal, no CCSP
1999 - Belo Horizonte MG - Inconfidência Mineira - Imagens da Liberdade, no Palácio das Artes
1999 - Cidade do México (México) - Cinco Continentes y Una Ciudad, no Museo de la Ciudad
1999 - Heidenheim (Alemanha) - Der Brasilianische Blick, Coleção Gilberto Chateaubriand, no Kunstmuseum Heidenheim
1999 - Liverpool (Inglaterra) - 1st Liverpool Biennial of Contemporary Art, na Tate Gallery
1999 - Rio de Janeiro RJ - A Imagem do Som de Chico Buarque, no Paço Imperial
1999 - Rio de Janeiro RJ - Fundição em Conserto, na Fundição Progresso
2000 - Buenos Aires (Argentina) - Brasil: plural y singular, no Museo de Arte Moderno
2000 - Caracas (Venezuela) - Território Comum, Miradas Diversas: artistas latinoamericanos em el siglo XX, no Espacios Unión
2000 - Curitiba PR - 12ª Mostra da Gravura Cidade de Curitiba. Marcas do Corpo, Dobras da Alma
2000 - Lisboa (Portugal) - Brasil + 500 Mostra do Redescobrimento. Arte Contemporânea, na Fundação Calouste Gulbenkian
2000 - Lisboa (Portugal) - Brasil 2000 - Um Oceano Inteiro para Nadar, no Culturgest
2000 - Lisboa (Portugal) - Coleção Berardo, no Centro Cultural Belém
2000 - Lisboa (Portugal) - Século 20: arte do Brasil, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão
2000 - Londres (Inglaterra) - Raw, na Victoria Miro Gallery
2000 - Madri (Espanha) - El Enigma de lo Cotidiano, na Casa de América
2000 - Madri (Espanha) - Versiones del Sur, no Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía
2000 - Rio de Janeiro RJ - A Imagem do Som de Gilberto Gil, no Paço Imperial
2000 - Rio de Janeiro RJ - Novas Aquisições da Coleção Gilberto Chateaubriand, no MAM/RJ
2000 - San Diego (Estados Unidos) - Ultra Baroque: aspects of contemporary latin american art, no Museum of Contemporary Art San Diego
2000 - São Paulo SP - Brasil + 500 Mostra do Redescobrimento, na Fundação Bienal
2000 - São Paulo SP - Cá Entre Nós, no Paço das Artes
2000 - São Paulo SP - Idéia Coletiva, na Galeria Camargo Vilaça
2000 - Sydney (Austrália) - 12ª Bienal de Sydney
2001 - Conpenhagen (Dinamarca) - New Settlements, no Copenhagen Art Center
2001 - Fort Worth (Estados Unidos) - Ultra Baroque: aspects of contemporary latin american art, no Modern Art Museum of Fort Worth
2001 - Granada (Espanha) - El Final del Eclipse: el arte de América Latina en la transición al siglo XXI
2001 - Madri (Espanha) - El Final del Eclipse: el arte de América Latina en la transición al siglo XXI, na Fundación Telefonica
2001 - Nova York (Estados Unidos) - Brazil: body and soul, no Solomon R. Guggenheim Museum
2001 - Rio de Janeiro RJ - 9º Universidarte, na Universidade Estácio de Sá. Galeria Maria Martins
2001 - Rio de Janeiro RJ - Espelho Cego: seleções de uma coleção contemporânea, no Paço Imperial
2001 - Rio de Janeiro RJ - O Espírito de Nossa Época, no MAM/RJ
2001 - San Diego (Estados Unidos) - Ultra Baroque, Museum of Contemporary Art
2001 - São Francisco (Estados Unidos) - Ultra Baroque, no San Francisco Museum of Modern Art
2001 - São Paulo SP - Espelho Cego: seleções de uma coleção contemporânea, no MAM/SP
2001 - São Paulo SP - O Espírito de Nossa Época, no MAM/SP
2001 - São Paulo SP - Rotativa Fase 1, na Galeria Fortes Vilaça
2001 - São Paulo SP - Trajetória da Luz na Arte Brasileira, no Itaú Cultural
2001 - Washington (Estados Unidos) - Virgin Territory: women, gender, and history in contemporary brazilian art, no National Museum of Women in the Arts
2002 - Badajoz (Espanha) - El final del eclipse: el arte de América Latina en la transición al siglo XXI, no MEIAC
2002 - Cidade do México (México) - El Final del Eclipse: el arte de América Latina en la transición al siglo XXI
2002 - Madri (Espanha) - El Final do Eclipse, na Fundacion Telefônica
2002 - Madri (Espanha) - Arco/2002, no Parque Ferial Juan Carlos I
2002 - Minneapolis (Estados  Unidos) - Caminhos do contemporâneo, no Walker Art Center
2002 - Miami (Estados Unidos) - Caminhos do contemporâneo, no Miami Art Museum
2002 - Nova York (Estados Unidos) - Tempo, no MoMA
2002 - Rio de Janeiro RJ - Andar com Fé..., na Galeria Sesc Copacabana
2002 - Rio de Janeiro RJ - Artefoto, no CCBB
2002 - Rio de Janeiro RJ - Caminhos do Contemporâneo 1952-2002, no Paço Imperial
2002 - Rio de Janeiro RJ - Identidades: o retrato brasileiro na Coleção Gilberto Chateaubriand, no MAM/RJ
2002 - Rio de Janeiro RJ - Pintura dos Anos 80, na Sala MAM-Cittá América
2002 - São Paulo SP - Paralela, no Galpão localizado na Avenida Matarazzo, 530
2002 - Toronto (Canadá) - Ultrabaroque: aspects of post-Latin American Art, na Art Gallery of Ontario
2002 - Toronto (Canadá) - Caminhos do contemporâneo, na Art Gallery of Ontario
2002 - Salamanca (Espanha) - El Final del Eclipse: el arte de América Latina en la transición al siglo XXI
2002 - Santa Fé (Espanha) - El Final del Eclipse: el arte de América Latina en la transición al siglo XXI
2002 - Sevilha (Espanha) - Los Excesos de la Mente, no Centro Andaluz de Arte Contemporáneo
2003 - Brasília DF - Artefoto, no CCBB
2003 - Buenos Aires (Argentina) - El Final del Eclipse: el arte de América Latina en la transición al siglo XXI
2003 - Iowa City (Estados Unidos) - Layers of Brazilian Art, na Faulconer Gallery
2003 - Paris (França) - Yanomami: l'esprit de la forêt, na Foundation Cartier pour l'Art Contemporain
2003 - Praga (República Tcheca) - I Bienal de Praga
2003 - Monterrey (México) - El Final del Eclipse: el arte de América Latina en la transición al siglo XXI
2003 - Rio de Janeiro RJ - Infantil, na A Gentil Carioca
2003 - São Paulo SP - Pele, Alma, no Centro Cultural Banco do Brasil
2003 - São Paulo SP - 28º Panorama de Arte Brasileira, no MAM/SP
2003 - São Paulo SP - A Nova Geometria, na Galeria Fortes Vilaça
2003 - São Paulo SP - A Subversão dos Meios, no Itaú Cultural
2003 - São Paulo SP - Tomie Ohtake na Trama Espiritual da Arte Brasileira, no Instituto Tomie Ohtake
2003 - Umeå (Suécia) - Overview: highlihts from the collections of Fondation Cartier pour l'Art Contemporain, no BildMuseet 
2004 - Curitiba PR - Tomie Ohtake na Trama Espiritual da Arte Brasileira: exposição comemorativa dos 90 anos da artista, no Museu Oscar Niemeyer
2004 - Kioto (Japão) - Brasil: body nostalgia, no National Museum of Modern Art de Kioto 
2004 - Recife PE - Coleção Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães: doações, no Mamam
2004 - Recife PE - Panorama de arte brasileira 2003, no MAMAM
2004 - Lima (Peru) - El Final del Eclipse: el arte de América Latina en la transición al siglo XXI
2004 - Montreal (Canadá) - We Come in Peace...histories of the Americas, no Museé d'Art Contemporain de Montreal
2004 - Quito (Equador) - Estratégias Barrocas: arte contemporânea brasileira, no Centro Cultural Metropolitano de Quito
2004 - Rio de Janeiro RJ - A Face Icônica da Arte Brasileira, no MAM/RJ
2004 - Rio de Janeiro RJ - EducaçãO, Olha!, na galeria A Gentil Carioca
2004 - Rio de Janeiro RJ - 28º Panorama de Arte Brasileira, no Paço Imperial
2004 - Rio de Janeiro RJ - Arte Contemporânea Brasileira nas Coleções do Rio, no MAM/RJ
2004 - Rio de Janeiro RJ - Novas Aquisições 2003: Coleção Gilberto Chateubriand, no MAM/RJ
2004 - Rio de Janeiro RJ - Tomie Ohtake na Trama Espiritual da Arte Brasileira, no MNBA
2004 - Rio de Janeiro RJ - Yanomami: o espírito da floresta, no CCBB
2004 - Santa Fé (Estados Unidos) - V SITE Santa Fe
2004 - São Paulo SP - Bazar de Verão, na Galeria Fortes Vilaça
2004 - São Paulo SP - O Preço da Sedução: do espartilho ao silicone, no Itaú Cultural
2004 - São Paulo SP - As Bienais: um olhar sobre a produção brasileira, na galeria Bergamin
2004 - São Paulo SP - El Final del Eclipse: el arte de América Latina en la transición al siglo XXI
2004 - Santiago (Chile) - El Final del Eclipse: el arte de América Latina en la transición al siglo XXI
2004 - Tóquio ( Japão) - Brasil: body nostalgia, no National Museum of Modern Art
2005 - Miami (Estados Unidos) - Retratos: 2,000 years of latin american portraits, no Bass Museum Of Art
2005 - Nova York (Estados Unidos) - Coletiva, no El Museo del Barrio
2005 - Porto Alegre RS -  5ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul
2005 - San Diego (Estados Unidos) - inSite_05: Farsites: urban crisis and domestic symptoms in recent contemporary art
2005 - Salamanca (Espanha) - Barrocos y Neobarrocos: el infierno do bello, na galeria DA2
2005 - San Diego (Estados Unidos) - Retratos, no Museum of Art
2005 - São Paulo SP - O Corpo na Arte Contemporânea Brasileira, no Itaú Cultural
2005 - Thun (Suécia) - (Hi)story, no Kunstmuseum Thun
2005 - Washington (Estados Unidos) - Retratos: 2,000 years of latin american portraits, no Smithsonian Institution
2006 - Belém PA - 25ª Salão de Arte do Pará
2006 - Belém PA - Traços e Transições da Arte Contemporânea Brasileira, no Espaço Cultural Casa das Onze Janelas
2006 - Helsinque (Finlândia) - ARS 06 Kiasma, no museu de arte contemporânia
2006 - Liverpool (Reino Unido) - 4ª Bienal de Liverpool
2006 - San Antonio (Estados Unidos) - Retratos: 2,000 years of latin american portraits, no San Antonio Museum of Art
2006 - São Paulo SP - Fortes Vilaça na Choque Cultural, na Galeria Choque Cultural
2006 - São Paulo SP - Manobras Radicais, no CCBB
2006 - São Paulo SP - Paralela 2006, no Pavilhão dos Estados
2006 - Tóquio (Japão) - Collection of the Fondation Cartier pour l'art contemporain, no Museum of Contemporary Art
2007 - Melbourne (Australia) - Guggenheim Collection, 1940s to Now, na National Gallery of Victoria
2007 - Nova York (Estados Unidos) - Global Feminism, no Brooklyn Museum of Art
2007 - Nova York (Estados Unidos) - Latin American Art: myth & reality, Nassau County Museum of Art
2007 - Rio de Janeiro RJ - Mais Precioso que Prata, na Caixa Cultural
2007 - São Paulo SP - Itaú Contemporâneo: arte no Brasil 1981 - 2006, no Itaú Cultural
2007 - São Paulo SP - Projeto Parede 10 anos, no MAM/SP
2007 - São Paulo SP - 80 - 90: modernos, pós-modernos, etc, no Instituto Tomie Ohtake
2007 - Japão (Tóquio) - Adriana Varejão, no Hara Museum of Contemporary Art
2008 - Bucareste (Romênia) - 3ª Bienal de Bucareste
2008 - São Paulo SP - Laços do Olhar, no Instituto Tomie Ohtake
2008 - São Paulo SP - Bordando Arte, na Pinacoteca do Estado
2008 - Rio de Janeiro RJ - Poética da percepção, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
2009 - São Paulo SP - Nus, na Galeria Fortes Vilaça
2009 - Madri (Espanha) - Regreso. Arte Latinoamericano y Memoria, na Casa de América
2009 - Milão (Itália) Americas Latinas. Las fatigas del querer, no Spazio Oberdan
2009 - Lisboa (Portugal) - Desenhos [Drawings]: A - Z, no Museu da Cidade
2009 - Sines (Portugal) - De Malangatana a Pedro Cabrita Reis. Obras da Colecção Caixa Geral de Depósitos, Centro de Artes de Sines, Sines, Portugal
2009 - Tibães (Portugal) - De Malangatana a Pedro Cabrita Reis. Obras da Colecção Caixa Geral de Depósitos, no Mosteiro São Martinho
2009 - Caldas da Rainha (Portugal) - De Malangatana a Pedro Cabrita Reis. Obras da Colecção Caixa Geral de Depósitos, no Centro Cultural e Congressos
2010 - São Paulo SP - Dez Anos do Clube de Colecionadores de Fotografia do Mam, no Museu de Arte Moderna
2010 - São Paulo SP - Jogos de Guerra, na Galeria Marta Traba
2010 - São Paulo SP - Paralela, no Liceu de Artes e Ofícios
2010 - São Paulo SP - Recortes de uma Coleção, na Galeria Ricardo Camargo
2010 - Niterói RJ - Novas Aquisições 2009, no Museu de Arte Contemporânea
2010 - Ecatepec de Morelos (México) - El Gabinete Blanco, na Fundación/Colección Jumex
2010 - Nova York (Estados Unidos) - Lei da Selva, na Lehmann Maupin Gallery
2010 - Rio de Janeiro RJ - Se a Pintura Morreu o MAM é Um Céu!, no Museu de Arte Moderna
2010 - São Paulo SP - 6ª Sp-Arte, na Fundação Bienal
2011 - São Paulo SP - 7ª Sp-Arte, na Fundação Bienal
2011 - Londres (Reino Unido) - Testing Ground | Time Scale, na Zabludowicz Collection
2011 - Lisboa (Portugal) - Mappamundi, na Fundação de Arte Moderna e Contemporânea
2011 - Valência (Espanha) - Gigante pela própria natureza, no Instituto Valenciano de Arte Moderna
2011 - Recife PE - Vestígios de Brasilidade, no Santander Cultural
2011 - Cascais (Portugal) - The last first decade, na Ellipse Foundation Art Centre
2011 - São Paulo SP - Vieira da Silva/Arpad Szenes e rupturas do espaço na arte brasileira, no Instituto Tomie Ohtake
2011 - Paris (França) - Tous cannibals, na Maison Rouge. Fondation Antoine de Galbert
2011 - Berlim (Alemanha) - All cannibals, na me Collectors Room
2011 - Istambul (Turquia) - 12ª Bienal Internacional de Istambul
2011 - São Paulo SP - Destricted.br, na Galeria Fortes Vilaça
2011 - São Paulo SP - Fotógrafos da cena contemporânea, no MAC/USP
2011 - Ribeirão Preto SP - O Colecionador de Sonhos, no Instituto Figueiredo Ferraz
2011 - Rio de Janeiro RJ - Jogos de Guerra: confrontos e convergências na arte contemporânea brasileira, na Caixa Cultural
2012 - São Paulo SP - 6ª Sp-Arte/foto, no Shopping JK Iguatemi
2012 - Lisboa (Portugal) - Projecto Outdoor|P-28
2012 - Porto (Lisboa) - Projecto Outdoor|P-28
2012 - Brasília DF - Amazônia: ciclos da modernidade, no Centro Cultural Banco do Brasil
2012 - St. Moritz (Suiça) - St. Moritz Art Masters
2012 - Barcelona (Espanha) - Cartographies, na Fundació la Caixa
2012 - Madri (Espanha) - Cartographies, na Fundació la Caixa
2012 - Londres (Reino Unido) - From de Margin to the Edge, na Somerset House
2012 - Rio de Janeiro RJ - Amazônia, Ciclos de Modernidade, no CCBB
2012 - Rio de Janeiro RJ - Espelho Refletido: O Surrealismo e a Arte Contemporânea Brasileira, no Centro de Arte Hélio Oiticica
2013 - Imagine Brazil, Astrup Fearnley Museum, Oslo, Noruega
2013 - 30x Bienal, Fundação Bienal de São Paulo, São Paulo, Brasil
2013 - Correspondências, Galeria Bergamin, São Paulo, Brasil
2013 - Gulf, Fordham’s Center, Nova York, EUA
2013 - Cinematic Visions: Painting at the edge of Reality, Victoria Miro Gallery, Londres, Reino Unido
2013 - Brasil Vívido, S|2, Nova York, EUA
2013 - Trajetórias – Arte Brasileira na Coleção Fundação Edson Queiroz, Fundação Edson Queiroz, Fortaleza, Brasil
2013 - On Painting, Centro Atlântico de Arte Moderno (CAAM), Las Palmas de Gran Canaria, Espanha
2013 - O Cotidiano na Arte, Santander Cultural, São Paulo, Brasil